Guerra dos Tronos
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[Trama Secundária I] Tempestade de Sangue

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Mensagem por Ormund Baratheon 02.10.17 19:26

[Trama Secundária I] Tempestade de Sangue 0*PCI46fQdD-_yFCa1

Nossa é a Fúria


O sol estava escondido, em mais uma tarde chuvosa e repleta de neblina, a pequena comivita caminhava a passos largos pelas estradas eslamaçadas rumo a Ponta Tempestade. O sabor da vitória se misturava ao Luto pessoal, e por vezes sem sentido, que me anparou ao matar Lorde Lannister naquele combate. Mas minha casa venceu, mais uma vez, e garantiu algo que será contado por muito tempo em canções reais.

Os homens estavam exaustos, assim como eu, fizemos uma viagem rápida e objetiva, sem paradas estravagantes ou acomodações luxuosas. O cheiro da Guerra era evidente, e quanto mais rápido nos afastassemos dos Dragões, melhor. Valerion com certeza desejou nossa presença até sua agora provável coroação, mas senti que era melhor partir rápido o suficiente, deixando para trás todo aquele caos.

Estava usando uma roupa de couro fervido, com reforço nas pernas, para suportar as longas e ríspidas cavalgadas até Ponta Tempestade, por cima havia roupas pesadas e dignas de inverno, com uma armadura simples refletindo o Cervo Baratheon a sua frente, com detalhes de ferro escuro. Todos meus homens trajavam panos envolvidos em suas roupas com o Cervo Negro no fundo amarelo dos Baratheon, uma marcha para guerra, rápida, selvagem e honrosa.

A estrada que seguia a Ponta Tempestade já estava quase no fim, no máximo cinco horas a cavalo, e decidi parar em Portabrônzea para dar o de comer aos cavalos já nitidamente cansados, e os homens famintos. As Terras da Tempestade estavam agitadas, pude notar isso desde a fronteira, mas nada era certo ou um motivo tão claro quanto a Dança que os Dragões começaram na capital.


- M'lord, acredito ter informações nem um pouco tão agradáveis... - Disse Tyrek Swann, ao retornar para junto a mim e os demais homens, que ainda selavam os cavalos. Estava acompanhado por Meistre Wolk, do Castelo de Portabrônzea.

- O quê está acontecendo? E porque as cidades atrás de nós estavam tão vazias? - Indaguei, impaciente.

- Temo que devemos conversar a sós, M'Lorde. - Respondeu Meistre Wolk, com uma voz baixa e rouca.

Seguimos para o salão do Castelo, onde encontravam-se Lorde Buckler, alguns membros da alta cadeia militar do mesmo, e cavaleiros vindo de Ponta Tempestade. Edgar Buckler era um fiel vassalo de meu pai, um homem já idoso, baixo, com a barba branca, e os cabelos curtos acizentados, ele usava um roupao longo, preto, exibindo Três presilhas de bronze do lado esquerdo, e o Cervo Dourado no lado direito.


- Lorde Ormund, garoto valente. Esperava que sua visita, em tempos normais, tão gloriosa, ambientasse um cenário melhor. - Disse enquanto tocava meu braço. - Sente-se por favor, M'lord.

Parei bruscamente no meio do salão, estava confuso, e já furioso com toda aquela situação. Os homens me olhavam como se esperassem uma reação, ou voz, mas realmente não sabia do que tudo aquilo se tratava. Tyrek então veio logo atrás, tocou meu ombro.

- Temo que não estamos tão interados nesse assunto, senhores. Lorde Ormund e nossa comitiva acabamos de atravessar a fronteira, o que de fato está acontecendo? - Proferiu de forma firme, me deixando mais apreensivo, e calado.

O velho Buckler então sentou-se, e indicou para que também nos sentassemos a mesa. Tyrek se sentou a minha direita, e Lorde Edgar estava a minha esquerda. - Serei direto, Lorde Baratheon, teremos muito oque resolver aqui; - Uma curta pausa, olhando para todos presentes. - Caron e Dondarrion começaram uma marcha da marca de Dorne, eles alegam não aceitar as ações "tolas" da família Baratheon desde Orys, e todo o apoio a Casa Targaryen. Meistre Wolk tem uma mensagem que fora enviada pelos Caron a todas outras grandes casas da Tempestade.

O Meistre estendeu um papel à mim. Estava nervoso, e um tanto confuso, havia saído de casa a pouco mais de um mês e tudo estava do aveso ao retornar. A Carta dizia que a casa Caron, junto dos aliados Dondarrion, reinvicavam as Terras da Tempestade e Ponta Tempestade, da Casa Durrandon. Logo após ler, duas vezes, e contemplar o silêncio extremo na sala, posicionei o papel sobre a mesa.

- Lorde Buckler, senhores, peço desculpas pela falta de interação sobre um assunto deveras importante, em minhas próprias terras. Minha comitiva acaba de passar por uma viagem longa, pelas Terras da Coroa, como tanto já sabem. De certo Lorde Caron e Lorde Dondarrion já estavam esperando por isso, e esperaram minha partida ao Conselho para agir. Jon já está sabendo disso, imagino, e está agindo?

- Sim. Lorde Connington, junto de seu irmão, Lorde Edward, já estão agindo de Ponta Tempestade, e fomos incubidos de interar o senhor as ações que aconteceram e estão para acontecer daqui, pois não tomariamos posição alguma sem suas ordens. - Dizia Edgar Buckler.

- Preciso das posições do inimigo, pois quem se levanta contra a Casa Baratheon será inimigo da Tempestade. - Me levantei, ainda desnorteado com tudo que estava por vir, mas confiante de que poderia lidar com aquilo da melhor forma possível, ou até da mais efetiva.

- Iremos montar uma estratégia baseada na posição atual e objetiva dos Caron e Dondarrion, partindo disso Jon e Edward serão integrados, junto dos nossos demais aliados possíveis, avisem todos. Essa rebelião será silênciada da forma mais dura possível.

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Mensagem por Edward Baratheon 03.10.17 20:39

A exceção de poucos entreveros, o comando compartilhado de Edward e Jon das Terras Tempestades parecia seguir calmo. A nossa maior preocupação tinha se esvaído, pois um corvo de Porto Real chegou anunciando a vitoria do cervo sobre o leão no julgamento por combate. Os plebeus pareciam satisfeitos, visto que atualmente era cobrado um imposto estável e como recompensa lhe eram dadas eventuais comemorações, isso dava aos pobres homens motivos para pensar que a morte do tão amado rei Jaehaerys Targaryen não acabaria com seus sossegos. Como lorde minha visão era diferente, custava-me acreditar que a morte de um grande lorde e a rejeição de um candidato ao trono não conduziria o reino ao caos. Tudo aquilo parecia o preludio de algo grandioso.

Edward se encontrava na janela duma torre observando os soldados treinando no patio. Pelo modo que lutavam ainda estavam aprendendo a arte da esgrima, muitos ali ou apresentavam posturas instáveis, ou seguravam a espada de modo errado, quando não os dois. Estavam verdes demais para servirem em uma guerra, contudo teriam que brandir suas armas quando lhes fossem chamados. Quem os treinava era Sor Jaime Foote, mestre de armas de Ponta Tempestade, um cavaleiro que nas vezes que ocorreram de nos falarmos, parecia tão preocupado quando o jovem Baratheon com uma futura guerra. Depois de algum tempo, caminhei pensativo para os meus aposentos. No percurso, Willis Fell me interrompeu para avisar que Meistre Thawin estava chamando para sua sala. Aquele pequeno nobre de apenas 12 anos vinha me acompanhando em muitos deveres ultimamente, pois sua notável esperteza havia me posto expectativas de torna-lo meu escudeiro futuramente.

Quando encontrei com o velho homem, ele apresentava uma feição preocupada que me fez duvidar se talvez meus presságios estariam certos.

- Más noticias, m'lord.- disse ele encolhendo os ombros.- as casas Caron e Dondarion marcham em nossa direção sobre a acusação que a casa Baratheon vem cometendo erros de administração desde a época de Orys, alem de questionar nosso apoio aos dragões.

- Malditos sejam! Como ousam cuspir tais mentiras.- Edward bateu com o punho na mesa e tomou a carta da mão de Thawin.- No tempo que convivi com os Selmy percebi que aqueles dois não eram confiáveis, mas não esperava que eles tivessem coragem o bastante para moverem seus exércitos.

-M'lord, me foi dito que os rebeldes se alojaram em Solarestival. Os dois lordes tem recebidos inúmeras recusas de alianças e sozinhos ambos não tem exércitos para vencer. Devem ser loucos. -disse o meistre.

- Sabias palavras, Meistre Thawin.- li rapidamente a carta- De qualquer jeito, envie corvos para todos que puderem ajudar. Tambem quero o exercito pronto o mais rápido possível, providencie isso tambem.

Tínhamos que agir velozmente. As Marca de Dorne sempre foram uma região complicada, meu povo travou inúmeras batalhas para mantê-las contra os guerreiros de Dorne, não poderíamos perder o seu comando para nos mesmos. Minha criação em Solar de Colheitas fez com que aprendesse muito sobre aquele lugar, Lorde Gerald Selmy me fez decorar cada brasão e castelo que se entendia por aquele terreno e acima de tudo me fez sempre dar o valor devido aquela região, “o que nós separas daqueles promíscuos e libertinos” manter em segurança aquele lugar era fundamental para o equilíbrio das Terras de Tempestade.

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Mensagem por Ormund Baratheon 03.10.17 23:42

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Jon Connington

Acordei em um lugar escuro, podia ouvir um barulho de água caindo, como uma goteira. Minha cabeça doía de mais, mal lembrava o que havia feito na noite anterior e muito menos onde poderia estar. Tentei me mover, e pude ouvir o som de garrafas caindo no chão, o quarto se movia tanto que cheguei a questionar a possibilidade de estar em um navio, mas me politizei que não seria idiota o suficiente pra isso, ou seria?

- Pelos sete infernos, que lugar é esse? - Disse levando a mão a cabeça, apertando minha testa.

- Dilúvio. - Uma voz do vazio, me tomando um susto, dei um leve salto para trás, caindo da cama, no chão molhado. - Quem diabos disse isso? Que porcaria de lugar é esse?

Pude ouvir uma risadinha ao fundo, somando-se a outra próximo ao feiche de luz na parede lateral. Uma vela foi acesa, por uma dama posicionada ao lado da porta, e um criado rústico, muito desgastado ao seu lado. No canto do quarto, em uma poltrona de lã, encontrava-se outra jovem, mais nova que a anterior, sorrindo me disse - Dilúvio, senhor, Bordel Dilúvio. - Completou.

Que porcaria eu havia feito aquela noite? A última coisa que lembrava era de estar em casa, colocando livros na estante, então uma criada entrou no quarto, com uma garrafa de vinho... Não consiguia me lembrar de mais nada. Cambaleei ao tentar levantar, e procurar minhas roupas pelos cantos. Notei uma janela escondida sobre um pano escuro, causando um completo breu naquele lugar, por trás, ainda parecia noite, ou talvez o começo do dia, não haveria de saber naqueals condições. Juntei os trapos que julguei serem meus, e sai porta afora.


- Lorde Jon! - Alguém dizia de fundo, perto de onde a música vinha. - Este é o homem da festa! Grande Connington! - Outra voz, mais próxima. Foi então que me virei. - Boa noite senhores... - Eram Rodrick e Malter, soldados devassos, e companhias agradáveis em momentos melhores.

- De onde está saindo, M'Lord, conseguiu algo com aquelas jovens mesmo enbreagado como estava? É realmente nosso herói! - Uma gargalhada alta o suficiente para o desejo de matá-lo surgir em meu coração. Minha cabeça estava ardendo em dores. - Por favor senhores, preciso de um cavalo, preciso voltar ao castelo.

Os homens sentiram minha feição abatida, e preferiram não prolongar o assunto. Rodrick buscou três cavalos, enquanto Malter estava ao meu lado, em silêncio, já na porta do Bordel. - Vamos! - Disse Rodrick, ao apontar. Uma noite difícil, não entendia oque estava fazendo ali, essas bebedeiras estavam me matando. Cavalguei com certa dificuldade, em alguns momentos diminuindo o ritmo, os homens já identificaram minha falta de ordem e concentração, até Malter tomar as rédeas por seu cavalo, e me guiar até o fim do trajeto.

- Senhores, condizam Lorde Connington para seus aposentos. - Dizia Rodrick. - E chame-me Meistre Thawin, já. - Completei.

O lugar estava agitado, muito agitado. Nos curtos flash's de atenção, de olhos abertos, que tive enquanto era levado ao quarto, pude notar muitos homens (mais do que geralmente aquele lugar comportava) caminhando pra lá e pra cá. E juro ter visto algumas armas, e homens de armadura, mas por qual motivo? Seria Ormund? Quanto tempo fiquei apagado naquele maldito lugar?

Já estava deitado em minha cama, com lençois limpos, mais limpos que minha pele. Podia snetir o cheiro do vinho e das putas encrostado em mim, decadênte. Meistre Thawin entrou no quarto, estava demorando, já com alguns frascos numa bandeja carregados por alguém que não pude identificar, ou não era importante o suficiente pra isso. Veio até mim e perguntou;


- Onde estava, Lorde Connington? Foram mandados homens a sua procura desde o sol nascer. - O velho disse, e só conseguia pensar que havia sumido justamente no dia em que Ormund havia de ter voltado para casa... Seria meu fim.

- Estive ocupado, e passei um certo mal durante o inicio da noite. Algo importante aconteceu? - Me sentei na cama, já retirando as vestes malcheirosas que me tomavam.

- Senhor, não sei se é a melhor hora para dizer oque preciso lhe dizer, mediante ao seu estado físico. Mas a necessidade carece de sua atenção. - Disse Thawin, com uma curta pausa. - A Guerra vem do sul. Caron e Dondarrion marchão contra Ponta Tempestade, Lorde Edward já está ciente e tomou as devidas providências ao ser informado pela manhã, esperávamos que o senhor aparecesse no decorrer do dia.

Minha curta melhora pelo fato de estar em casa havia cessado naquele exato momento. Uma guerra? Um golpe? Caron e Dondarrion estavam comendo o cu um do outro? Que imbecilidade era essa? Por um momento, quis que fosse um sonho, um maldito sonho de karma contra minhas travessuras, mas o cheiro horrível daquele velho que empestiava o quarto mais do que o meu próprio cheiro de promiscuidade era real de mais para ser ilusão.

- Peço perdão Meistre, tive um dia difícil longe daqui. Essa informação parte de onde? - Indaguei, mantendo a calma em minha voz, por mais que o coração estivesse quase saltando pela boca.

- Os próprios Caron se encarregaram de enviar corvos para todas fortalezas da Tempestade, reinvidicando o título de Senhores da Tempestade. - Respondeu, estendendo a mim um copo com um líquido pastoso, e vermelho, não sabia oque era aquilo, mas oque tinha de fedido, também tinha de esperto e confiável. Bebi sem pensar duas vezes.

- Saber desta notícia é tão impalatável quanto o sabor desta maldita bebida. - Uma pausa, misturada com careta.

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Mensagem por Koude Swann 04.10.17 22:11

Koude Swann

Ventos fortes, nuvens grossas, amanhecia mais um dia típico das Terras da Tempestade, se não fosse pelo exército em marcha.

As grandes montanhas se estendiam imponentes e majestosas ao lado do grupo, cobertas de árvores e níveis desiguais que tornavam praticamente impossível ver algo vindo de lá, mas também tornavam complicada a travessia. O vento fazia as folhas voarem e a floresta cantar.

Montando a frente do exército estavam seus 4 comandantes, e a frente deles controlando a marcha estava Koude Swann com sua armadura preta, seu manto branco e a Glaive presa as costas. "Caron e Dondarrion...Como eles imaginam que podem vencer essa guerra? Mesmo se avançarem com todas suas forças ainda estariam em extensa desvantagem" .

Koude não tinha recebido nenhum pedido de acordo dos rebeldes, mas seu Meistre era bom o bastante para avisa-lo dos rebeldes cedo o bastante para ele ir em direção à batalha.  Sentia o vento forte bater em rosto junto com gotas de água, ouvia os gritos dos soldados e via o caminho a sua frente, mas não podia afastar as preocupações de sua cabeça. "Até agora não tive notícias dos Baratheon de Ponta Tempestade... Será que decidiram não irem a campo? Seria um erro... Ou será que estou atrasado?"

Ainda tinham 1 dia de viagem para o local onde haviam previsto a batalha que poderia ocorrer mais rápido. Mas, essa não era única preocupação do Lorde de Pedrelmo, sua 5 divisão do exército estava mais fraca que devia, a falta de dois de seus comandantes oficiais trazia problemas chatos de obediência e capacidade, além disso os reforços que pedira a casa Mertyns não haviam sido mandados .

E tinha Leif, o Bardo Cavaleiro comandava a segunda maior divisão do exército e era o principal homem daquele exército desconsiderando Koude, mas estava muito diferente do normal. Não cantava, não animava nem fazia piadas, mal se aproximava dos outros comandantes. Aquilo preocupava e irritava Koude, mas ele não deixava aquilo aparecer para nenhum de seus homens.  

E a viagem seguia, com o manto branco voando a frente e o forte eco dos passos se espalhando, as nuvens iam diminuindo e o vento enfraquecendo "Um bom sinal". Tudo seguia calmo até que uma agitação começou no flanco esquerdo, logo depois veio um grito e soldados começaram a se mexer, Koude se virou e pode ver os cavaleiros descendo de dentro da montanha, nessa hora se acalmou, sabia quem eles eram "O que faz aqui Ou Ki? Pensei ter te mandado na frente?". Pensava 2 possibilidades para a volta do orgulhoso comandante, torcia por uma e temia a outra.

Não demorou muito para o Dothraki junto a Leif se apresentar a Koude. Ambos vinham montados em seus cavalos lado a lado. Ou Ki envergava nenhuma armadura, apenas couro, contratando com o traje completo de Leif. Meistre Klicius e Bjorn também haviam se aproximado para saber as novidades. " Que noticias trás Ou Ki? Nossa glória ou queda? ". Quando Ou Ki parou na sua frente Koude se sentiu aliviado "Não tem sangue em seu machado.".

-Pelo visto não encontrou combates Ou Ki. Posso ter certeza então... – Koude sorria. "Agora teremos tempo para Ormund chegar? Seria um cenário absoluto para nós. "

-Que o pior cenário não se concretizou? Claro, por burrice ou falta de organização os rebeldes não avançaram diretamente e ainda devem estar mantendo suas posições em Solarestival.- Ou Ki falava como se estivesse decepcionado.

O velho Meistre Klicius não conseguiu segurar o riso e Bjorn olhou para o céu e se afastou do grupo para ir comunicar a linha de frente, Leif foi o único a se manter impassível frente a notícia. E aquilo conseguiu derrubar o animo recém-adquirido pelo Swann.

-E agora? O que devemos fazer? Devemos seguir reto para Ponta Tempestade? – Ou Ki perguntou seriamente.
Koude ponderou por um tempo até responder.

- Existem duas possibilidades a partir de agora. Os Rebeldes estarem ainda em Solarestival ou terem escolhido um caminho maior por algum motivo estratégico. Rebeldes como são, quanto mais demorarem mais chance dão para Lorde Ormund voltar e isso seria péssimo a reivindicação dele. Então se não atacaram pelo caminho mais rápido é porque não querem atacar.

Meistre Klicius tomou a palavra no lugar de Koude- Bom raciocínio, mas ainda simplista demais. Como podemos ter certeza que o inimigo não está apenas com a marcha atrasada? Ou que uma tempestade não o manteve preso? Como podemos saber se não é a honra falando? Temos poucas informações Koude, nem recebemos a carta dos rebeldes. Precisamos saber mais antes de tudo.

Koude ponderou por alguns segundos, estava tenso, às vezes pensar de mais era um erro, mas aquela era uma situação dessas. Preferiu depositar sua confiança nos Baratheon.

-Vamos diminuir o tempo da marcha, mas não a direção, se a batalha ainda não ocorreu devem ter mandado uma carta a Pedrelmo. Passem as ordens e fiquem preparados. – Koude olhou os imponentes montanhas "Um exército de amadores nunca passariam por isso, então ninguém deve esperar um ataque vinda delas".-Possivelmente teremos que mostrar pela primeira vez aqui o que nos fez famosos. Ou Ki você fica como um complemento a 3 divisão.
Ou Ki riu e bateu no peito indo a sua posição.  Meistre Klicius deixou seu contentamento passar pela face sem falar nada, apenas Leif ia se virando sem demonstrar nada.

-Ei Leif, venha comigo. – Koude não sabia o que ia fazer, mas sentia que devia fazer algo.

O Cavaleiro virou o cavalo e seguiu Koude a contragosto, Koude cavalgou até estar mais afastado da primeira fileira e ninguém os escuta-se. O rosto fechado de Leif era irritando demais.

-Acha que não confio em você para defender Pedrelmo não é? – Koude perguntou.

Leif simplesmente não respondeu.

-Não é nada disso, a verdade é que eu precisava que você comigo. – A expressão de surpresa deixou claro par Koude que seguia o caminho certo  -Acha que não sinto medo de ir a combate? A cada nova batalha eu tenho que vencer eu mesmo além do inimigo, vencer meu medo e minha fraqueza que tenta me derrubar. Não posso vencer isso sozinho. – Koude simplesmente fechou os olhos e continuou sem pensar  -É por isso que trouxe você comigo, lutou comigo desde que me lembro e me acompanhou em todos os momentos, não existe quem eu confie mais nessa vida.

Koude olhou Leif nos olhos pressionando-o. Leif não sabia o que falar.

-É por isso que preciso de você, você é minha força e coragem, é a certeza que terei alguém para me salvar quando cometer um erro, alguém que cumprirá minhas
ordens perfeitamente e fazer tudo correr direito. Você é meu braço direito Leif e meu principal companheiro, preciso de você atrás de mim.

Koude levantou o braço e socou o próprio peito. Leif repetiu o movimento, se lembrava do porque decidira seguir o Swann a tanto tempo atrás. Koude pegou e virou seu cavalo.

-Então volte a cantar como sempre faria Bardo Cavaleiro, solte essa voz e faça as piadas de sempre, as pessoas precisam disso nesse exército. E quando a hora chegar, me sirva como sempre serviu.

Leif  se virou para voltar ao controle de sua divisão, mas antes deu sua resposta

-Claro Koude. Vamos aniquilar por completo esses rebeldes.

Ambos se afastaram, mas algo ruim tinha sumido e Koude se sentia mais confiante pra batalha.

E a marcha lenta continuou, os problemas na 5 divisão continuaram, mas a moral crescerá com a volta de um dos mais importantes membros do exército, a espontaneidade do bardo Cavaleiro contaminava seus homens, as dúvidas de Koude cessaram e um bom cenário se desenhava.

Quando Ou Ki e Meistre Klicius se aproximaram junto com um cavaleiro desconhecido o sol já brilhava forte a tempos e as nuvens tinham sido deixadas para trás. Koude pegou a carta e quebrou o selo com o veado, sorriu Então é o melhor cenário, eles estão em Solarestival

-Então é isso, iremos atacar Solarestival.– Disse com convicção.- Pelo visto um ataque está sendo armado de Ponta Tempestade. Partiremos direto para ajudar.

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Mensagem por Ormund Baratheon 05.10.17 22:21

Apresto da Morte


O dia amanheceu claro, diferente do meu interior. Estava ainda longe de casa e uma guerra se encaminhava para lá, mais depressa que eu mesmo. Lorde Buckler havia me aconselhado a fazer todas as preparações de seu castelo, assim como Jon havia dito, e partir junto a minha comitiva e seus homens para encontrar o exército em sua posição estratégica. Os homens seguiriam para o norte de Solarestival, onde os homens Caron e Dondarrion estariam localizados naquele momento. Jon também marcharia junto a um segundo exército na retaguarda da linha de frente, com seus planos e sarcasmo.

Levantei-me, e as preparações no pátio já estavam acontecendo, a viagem estava pronta para começar. Lorde Edgar havia cedido os melhores homens para me acompanhar, eram poucos, mas o suficiente para provar de sua lealdade. Percebia no rosto de muitos, algo que se assimilava com o meu, não era medo, mas um tipo de sentimento indescritível para quem marcha para uma guerra pela primeira vez.  Um misto de ansiedade e ignorância, todos estavam muito apreensivos.

Tyrek ajudou-me a selar o cavalo, estava com tudo pronto, a comitiva de duzentos homens estava pronta para começar. Subi no animal e me apontei a cavalgar, próximo ao portão estava Edgar Buckler e alguns de seus homens, não bastaram palavras, apenas gestos para me despedir do velho Buckler. Era hora de começar a viagem.

Formamos uma coluna organizada já um pouco distante do castelo, e o ritmo era constante, sem interrupções ou atrasos. A intenção era me encontrar com o exército, junto ao Comandante Gladden Strom no momento em que Caron e seus homens estivessem passando de Solarestival. O plano de Jon era conter os inimigos lá, e próximos, para um cerco perfeito.  O que tinha de devasso tinha de inteligente, Lorde Connington era incrivelmente perspicaz, até para situações que ele até então desconhecia.

Segui toda viagem as frentes dos homens. Fizemos apenas uma parada para descansar algumas horas, mas nada mais que cinco ou seis horas. Estava enrolado pelo cinto de Olho Negro, de um lado, e a espada de Lorde Lannister, Garra de Leão, do outro. O Elmo de Corno Baratheon preso na traseira do cavalo. A cada passo o céu se acinzentava mais, rumo ao Leste. Uma tempestade nos aguardava, junto do grande conflito eminente.


- Senhor, o exército se encontra logo à frente, cerca de uma hora. – Voltavam os batedores. – Avisem para todos acelerar, estamos próximos. – Ordenei, já dando partida em meu cavalo para uma corrida. – Vamos!

O ar estava úmido, mostrando que uma garoa logo iniciaria. O terreno ficava gradativamente mais inóspito, finalmente estava me sentindo em casa. Ao longo do horizonte podia ver mais e mais o acampamento Baratheon armado, de ponta a ponta, a informação era que teriam quase setecentos homens ali. Somando os duzentos já comigo, uma força de quase mil homens só nessa divisão. Uma repressão extrema seria necessária, era um número de homens suficientes para aniquilar os rebeldes.  

Chegando ao acampamento, homens já vieram me recepcionar. Segui diretamente a tenda do Comandante Strom; era um homem grande, velho e gordo, um dos bastardos mais antigos que viviam entre os grandes Lordes. Diziam os mais antigos que em sua juventude fora um grande soldado, que serviu até a Coroa Targaryen, por Jaehaerys I. O tempo levou as glórias de soldado, mas lhe trouxe as de comandante, não podia mais lutar, mas sua batalha se tornava outra. Seus conselhos e experiência o colocavam a frente em grande parte dos conflitos que meu pai travou, e agora que terei de lidar. Gladden ostentava uma armadura antiga, em algumas partes até podia-se notar ferrugem e lascas, junto de arranhões. Os homens da Tempestade não eram famosos por sua vaidade, não era de se impressionar.


- Lorde Baratheon! – Dizia, seguido de uma breve reverência. – A viagem fora tranquila? Esperava ver o senhor apenas no dia seguinte. – Era um homem que raramente perdia o controle, calmo e sereno. Não me lembrava de uma única vez vê-lo levantando a voz ou nervoso com qualquer que fosse a situação. Talvez os anos como Cavaleiro e todas guerras que travou, cessou situações que o impressionariam. Sempre pensei que Gladden havia visto de tudo, pois viajou por todos as terras, lutou contra todos os homens. Era meu braço direito, ao lado de Jon e Edward.

- Uma corrida calma para quem viaja para batalha, Lorde Gladden. – Respondia de forma pacífica, mas dentro de mim mal podia conter a ansiedade de estar ali. Era realmente estressante, mesmo sem nada estar acontecendo ainda.

- Não sou Lorde nenhum, rapaz. – Uma risada afiada, o homem se dirigia para trás de uma mesa que comportava um mapa em cima, um mapa das Terras da Tempestade, detalhado com estradas, terrenos e castelos. – Mas é uma honra ouvir isso do senhor, M’lord. Mas temo que a situação cabe mais atenção, muito mais. Vamos começar? – Assenti com a cabeça, mostrando sinal de positivo. Mais homens estavam na sala, e se posicionaram próximo ao mapa ao fazer breves reverências a mim e Tyrek.

- Os Caron partiram da Marca vinte e um dias atrás, nossas posições foram adiantadas pelas notícias se espalharem. Jon interou todos Lordes das redondezas a fazer uma linha lateral aqui e aqui... – Apontava no mapa. – Eles vão precisar seguir em frente, anulando posições alternativas pelos lados. Para evitar uma retirada, caso nosso cerco seja feito na dianteira com sucesso, os Lordes do Sul, como Swann, se colocarão em posições de parede e vão empurrar eles contra nós, aqui – Novamente guiando com o dedo indicador a posição. - É uma estratégia sem segredos. Nosso número é extremamente maior, não teremos problemas em vence-los. Acredito que em quatro dias tudo estará resolvido.

- Devemos nos preocupar com as baixas que podem acontecer, Gladden. Por mais que os números estejam ao nosso favor, eles não marchariam sem razão e um plano, nos dando toda a vantagem. Talvez estejam com algo planejando. - Rebati, cortando o discurso de confiança do Velho Bastardo. - Partiremos ao amanhecer. - Decretei.

Os homens começaram a sair da tenda, era um lugar alto, bem organizado. Pareciam estar ali a dois ou três dias, haviam várias marcas de estadia prolongada. Sai da tenda acompanhado por Tyrek, começamos então a caminhar pelos estreitos corredores entre as tendas. Podia-se notar diversas carcaças presas a arcos, secando no mormaço do sol oculto. Estava um pouco frio, e algumas fogueiras estavam acesas em pontos com maior espaço, e em todos lugares que eu passava, uma onda de reverências começava. Era comum, mas ainda me sentia estranho ao ver tanta confiança e lealdade nos homens que antes seguiram meu pai e hoje a mim.


- M'lord, sua grande tenda está armada. Mandei preparar peles e vinho, assim como os escudeiros orientaram. - Um homem aparecia, estava ofegante, parecia ter percorrido um longo caminho para me encontrar ali. - Obrigado, soldado. Pode retirar-se.

- Hora de aproveitar os últimos momentos de calma, Ty. As coisas serão diferentes amanhã, o mundo estará diferente. - Proferi, ao dar meia volta, por onde havia vindo.
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[Trama Secundária I] Tempestade de Sangue Empty Re: [Trama Secundária I] Tempestade de Sangue

Mensagem por Edward Baratheon 07.10.17 19:52

[Trama Secundária I] Tempestade de Sangue Exercito


Os últimos dias em Ponta Tempestade foram muito agitados. As fornalhas dos ferreiros trabalhavam incessantemente procurando entregar as armas e armaduras dentro do prazo. Os bordeis lucravam como nunca, porque os que rumavam a guerra tinham a volta como algo incerto, logo não poderiam perder a oportunidade de sentir pela ultima vez o calor de uma mulher. Tabernas tinham seus estoques de vinho e cerveja chegados ao fim, pois era lá onde os homens se reuniam para contar historias de batalhas passadas e cantar canções que encorajavam uns aos outros. Especialmente na manhã de nossa despedida os septos estavam abarrotados de mulheres orando para que a Mãe tivesse misericórdia e não deixasse que elas virassem viúvas.

O plano de como enfrentaríamos os lordes Caron e Dondarion já havia sido discutido. Não havia grandes invenções, enquanto Edward, Ormund e Jon enfrentariam os rebeldes de frente, Koude surgiria atacando por trás e espremendo nossos inimigos contra a gente. Detalhes mais importantes como quem ficaria na vanguarda, na reserva, no pelotão esquerdo e direito também foram acertados antes da partida.

Quando saímos pelo portão principal, foi a primeira vez que Edward pode olhar nos rostos dos soldados. Dentre os mil e quinhentos que seguiam para Solarestival, alguns expressavam o temor da batalha em seus rostos, outros se mantinham sérios e por ultimo havia os que distribuíam sorrisos a torto e a direito. Brasões das casas Baratheon e Connington podiam ser vistos em todos os lugares, sejam eles em estandartes ou nas armaduras.  

A cavalgada pela Estrada do Rei se mostrava tranquilo. O primeiro pelotão era encabeçado pelos cavaleiros mais rápidos, no meio se encontrava Edward Baratheon junto ao restante dos montados a cavalo e aos suprimentos da viagem, o ultimo trazia soldados a pé e por fim batedores se alojavam em todos esses lugares sempre mais afastados da coluna principal e buscando qualquer sinal de movimentação.      

Ao final do dia um acampamento foi montado. A pedido do jovem cervo, seu ajudante Willis Fell tinha sua minuscula tenda ao lado da de Edward. Antes de adormecer, o garoto de cabelos e ohos negros foi chamado.

- Garoto, quero que vá e diga para me trazerem um frango ao mel.-havia sido um dia longo, precisava descansar.

Harwood Fell entrou na barraca pouco tempo depois do menino sair. O velho lembrava muito seu filho Willis, ambos tinham com uma aparência agradável, suas maiores diferenças ficavam pela barba e cabelo raspado de Harwood.

- M'lord, com nossa provável vitória em Solarestival, precisamos conversar sobre os destinos das casas Caron e Dondarion. - ele fez uma breve reverencia - Conheço sua opinião sobre o assunto mas venho para tentar convence-lo a repensar. As atitudes dos lordes Caron e Dondarion são inaceitáveis, contudo não é certo acabar com uma família que perdurou por vários anos pelas erros de homens loucos.

- Admiro sua iniciativa de tentar fazer eu,um conselheiro de Ormund, tomar uma decisão melhor no seu ponto de vista, Lorde Fell. – Edward não gostava de meros bajuladores que aceitavam quaisquer ordens na espera de ganharem algo futuramente. Aquele confronto feito em particular por Harwood mostrava que ele queria o melhor para a região e por isso merecia ser exaltado.- Entretanto não podemos ter rebeldes nas Marcas de Dorne, sabe muito bem da importância desse lugar. De qualquer jeito a morte dos lordes é certa e a dos herdeiros é provável.  Se o povo é sua preocupação, saiba que não vejo Ormund tomando a decisão de aniquila-los. – Harwood saiu com expressão de desapontamento.

Não tinha mais fome quando o jantar chegou. Deixei a comida para Willis e cansado pela longa viagem, Edward foi dormir. Ao acordar o trajeto recomeçou e os dias seguintes mantiveram esse padrão.

A chegada ao norte de Solarestival aconteceu em uma manhã calma de breve chuva. Antes de atacar tínhamos que esperar a chegada de Ormund ao acampamento oeste, por isso para os soldados que se encotravam no leste com Edward e na retaguarda com Jon Connigton restava esperar. Três dias depois, o clima de guerra era nítido, todos estavam loucos para se livrarem daquela ansiedade. O jovem Baratheon bebendo em sua tenda quando um homem adentrou.

- Lorde Ormund chegou!- graças aos Sete minha espera chegou ao fim.

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Mensagem por Ormund Baratheon 07.10.17 20:04

Jon Connington

A guerra vinha até nós, em um único momento dentre anos no qual fiquei encarregado de administrar Ponta Tempestade. Ormund era uma figura de poder, assim como todos Lordes Baratheon, desde Orys. Uma família capaz de derrubar uma dinastia milenar era sem dúvida temida por uns, admirada por outros, mas respeitada por todos. As Terras da Tempestade tinham a fama de homens orgulhosos, desde sempre fora assim, uma casa vinda de uma ramificação bastarda dos Targaryen tomar o poder era ferir esse orgulho de uma forma incorrigível, mas como sempre disse a Ormund: “por mais que seja difícil, deve colocar no rabo de qualquer um que se oponha a essa realidade”. A maior parte das grandes casas já havia aceitado e comemorado essa vassalagem, as próximas e sensatas, Caron e seus aliados estavam o mais distante possível, era certo que o desconforto viria a se tornar um problema um dia.

- Talvez essa guerra chegasses ao momento certo, no futuro realmente poderia ser um problema. – Dizia a Malter, soldado que passou a me acompanhar bastante naquele momento tenso que vivíamos. – Era inevitável que acontecesse, mas foram tolos em fazer desta forma, nesse momento. Talvez eles acreditassem que outras casas fossem apoiá-los.

- Guerras nunca são algo necessário, senhor. – Contestou Malter. Era um homem quieto, mas quando bebia se tornava um tagarela pior que eu. Alto, moreno, tinha traços dorneses, e era descente da Marca, assim como os rebeldes. Aparentava uns vinte e tantos, nunca havia perguntado, não importava sua idade, desde que sua cabeça contribuísse com minhas reflexões.

- Mas conflitos são Malter. O homem só consegue evoluir desenvolvendo seu ódio, é um mal necessário, diferente dos próprios homens. – Rebati o deixando de face pensativa.

Mais homens adentravam a sala, estavam agitados, prontos para partida. Dois dias para preparar tudo, e seguir de acordo com o plano, prevendo imprevistos e idiotices. Corvos já haviam sido enviados a todos, era necessário estabelecer contato e firmar lealdades, mas aquela altura, qualquer casa era uma inimiga, era difícil confiar em todos, mas não deixei essa desconfiança toda transparecer de forma alguma. Levantei-me e sai da sala acompanhado pelos homens, eram cinco no total, comigo e Malter. Já no pátio, Comandante Shean estava a minha espera, com mapas nos braços. As duas primeiras comitivas já haviam partido, uma de encontro com Ormund, e a outra para seguir Edward. Meu exército ficaria na retaguarda, bolando planos e prezando pela defesa das linhas de frente e castelo, havia cerca de quinhentos homens comigo, prontos para partida, em frente à Ponta Tempestade e a estrada.


- Estamos prontos, Shean? – Indaguei, levando a mão esquerda até a cabeça. Malter era o único ao meu lado, todos os outros já partiram para suas posições de viagem. - Sim M’lord, partirão em poucos minutos. – Respondeu.

Shean era um jovem promissor, segundo Lorde Connington, meu falecido pai. Era um homem de trinta e poucos, não tinha perfil algum de guerreiro, mas era um bom pensador e estrategista. Estava usando uma roupa de linho, nada parecida com um soldado pronto para batalha, mas ele nunca havia de ter participado de uma, na verdade. Sempre foi um colaborador de ideias para o exército Connington, e após a morte de meu pai, confiei a ele essa nova posição. Meus julgamentos se baseavam apenas em dedução, homens que tinham esse forte, acima da experiência, chamavam minha atenção. O rapaz de barba pontiaguda e nenhum nome relevante podia ser completamente desnecessário para muitos, mas para mim uma chave para vitória, com suas deduções rápidas e inesperadas.

Partimos então até onde o acampamento da retaguarda seria armado. Uma viagem até curta, pois a intenção era fechar todas as passagens possíveis para Ponta Tempestade e o Norte/Nordeste no geral. Era até de se impressionar a capacidade do exército da Tempestade, boas mentes e boas espadas, a possibilidade da derrota era distante segundo meus cálculos. Porém não me preocupava apenas com a vitória, e sim nos homens que poderíamos perder naquele embate. Meu foco atual era pensar em formas específicas de diminuir toda a possibilidade de baixas, era meu trabalho, cuidar do meu povo, Ormund havia acreditado que eu conseguiria, e agora era à hora de provar que a confiança posta em mim foi um acerto.

Já com a tenda formada estavam comigo Malter, Shean, Demyl e Corval. As cabeças pensantes da Tempestade. Planejamos durante quase oito horas cada movimento detalhadamente, as linhas de frente; suas formações, armas serem utilizadas. O cerco a longa distância, a intenção e forma como os aliados agiriam na retaguarda inimiga. Foram debates longos com diversas suposições, a intenção era entrar na mente do inimigo e imaginar todas as possibilidades ofensivas do mesmo, criando assim uma resposta para todas as ações possíveis. Estava exausto, e a noite já pairava no horizonte, que caia junto a uma leve chuva, em todo o acampamento. Corvos foram enviados para todos os Comandantes e Lordes com nossos elaborados planos, amanhã tudo se iniciaria enfim.
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Mensagem por Koude Swann 08.10.17 16:35

Koude Swann

A cada segundo se aproximavam mais do campo de batalha onde exércitos se encontrariam e se matariam.

Era a hora de decidir os últimos detalhes de suas ações, suas últimas apostas e suas últimas rezas, aquele podia ser seus últimos segundos de vida. Seus últimos segundos como tolos.

Mas, se aqueles Tolos chegariam a temperança ou seriam barrados na morte dependeria apenas deles.

"Não da pra mover esse exétcito inteiro pras costas deles sem ser percebidos.. Koude pensava. Aquela era a última pergunta que tinha que responder naquela batalha. Depois daquilo estaria a mercê dos deuses.

-Chame Ou Ki e Leif aqui.-Ordenou para um soldado qualquer-E Bjorn também.

O soldado foi rapidamente passar as ordens de seu comandante, e os convocados chegaram rapidamente.

-Meu Senhor, comandante Bjorn, comandante Leif e comandante Ou Ki-Anunciou o soldado e se afastou.

Os três se aproximaram e comprimentaram Koude, aquela comvocação tão próxima do derradeira momento os deixa-vam tensos, ao ponto de não saber o que falar.

-Querem saber porque os chamo não?-Os três acentiram-Nossa estrategia diz que devemos pegar o inimigo por trás, mas o caminho que devemos seguir e o tamanho desse exército torna extremamente difícil os pegar por trás de surpresa.

E se formos percebidos, eles podem simplesmente nos focarem antes de nos juntarmos a Ormund e nos destruir. Koude preferia não apresentar a mais falalista das possibilidades.

-Precisamos estar com as tropas em suas costas rapidamente. Mas simplesmente irmos todos para trás é impossível. Nos custaria muito tempo e muito risco.

-Então o que pretende fazer? Ignorar os planos e agir por conta própria? -Ou Ki ironizou rindo, não seria primeira vez que o Swann faria algo do tipo.

-Não. Ainda vou seguir o ordenado por Ponta Tempestade, mas da minha própria forma.-Koude indicou com a cabeça as montanhas.- Se usarmos um contingente limitado, podemos cruzar parte das montanhas e cair sobre eles de surpresa e por trás a partir delas.

-Podemos no máximo passar 300 ou 400 dessa forma. E esses teriam que ser nossa elite. Toda nossa cavalaria Koude -Leif questionou-Se der errado?

Se der errado talvez a gente morra atoa Leif, talvez sejamos isolados da batalha, ou talvez a gente permita que os rebeldes fuja. É por isso que juntei vocês, para não dar errado. O medo de falhar com Ormund tomava Koude, mas se os pássaros cedesem ao medo nunca voariam. Era hora do Cisne saber se voaria ou cairia.

-Essa é nossa aposta. Ss fosse seguro não era guerra.-Koude se virou para Leif e Ou Ki- Vocês dois, reunão nossa melhor cavalaria, nós vamos invadir essas montanhas. -Se virou para Bjorn- Durante minha ausencia, o controle desse exército é seu Bjorn, leve-os para o flanco esquerdo, monte uma parede, empurre os rebeldes o máximo que puder para a direita, para as montanhas.

Bjorn parecia surpreso, mas agradeceu a honra.

-Leif, você comandará a principal parte de nossa força de cavalaria, cairá sobre o flanco direito deles em formação diagonal, empurre-os para dentro e esmague-os entre a força de Bjorn e de Ponta Tempestade.

-E você Koude, o que fará? -Leif perguntou.

-Eu e Ou Ki ficaremos de reserva com um pequeno grupo. Nós vamos ter um alvo bem especial. -Koude sorria malicioso.

E o exército se moveu rapidamente, a cavalaria selecionada e o comando passado. Koude pode voltar a pensar quando já estava dentro da Montanha. Contornandonos caminhos irregulares e sendo guiados por Ou Ki.

-Então Koude, pensando em um plano reserva?-Leif perguntou meio gargalhando.

-Tentando, sempre vai ter duvidas em nossas mentes que vamos tentar desvendar.-o Lorde olhou para frente e para seus soldados de elite.-A única certeza que tenho é que quando sairmos dessa montanha, vamo estar diante de uma batalha sangrenta e em andamento...

-E será nosso trabalho dar o golpe de misericórdia.

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Mensagem por Ormund Baratheon 09.10.17 13:49

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Nascidos para Guerra

Acordei naquele dia ciente que poderia ser meu último dia na terra, era tão cedo que o sol mal havia nascido, o céu estava cinza, nublado. Levantei-me, e bebi um copo de água, minha boca estava seca. O nervosismo abatia até o mais forte dos guerreiros, por mais que me garantisse em batalha, por ser um dos cavaleiros mais habilidosos das Terras da Tempestade, sentia que podia perecer a qualquer mínimo erro, e a responsabilidade de toda a causa estar sobre meu potencial era esmagador.

Meu pai sempre dizia que um verdadeiro Lorde caminhava a frente de seu exército, e não escondido atrás de seus homens como uma criança medrosa com medo de trovões. O primeiro toque na espada do inimigo deve vir do Lorde Baratheon, pois é a maior demonstração de respeito para com seus aliados, e todos que lutam por ele. Estaria em poucas horas na linha de frente, lutando pelo nome Baratheon, assim como meu pai e o pai dele fizeram. Nós somos a tempestade.

Peguei uma pedra áspera para amolar Olho Negro, os escudeiros estavam na sala, dois deles. Tyrek Swann adentrou a tenda apressado, notei um olhar de preocupação, ansiedade. Meu leal cavaleiro, e guarda pessoal, já estava trajando sua armadura para batalha. Brilhante, ostentando dois cisnes à frente, símbolo da casa Swann. Estava com os cabelos amarrados, e a espada preza a cintura, encarou os escudeiros na sala com certa desconfiança, como se o que tinha a me dizer fosse tão importante ao ponto de ninguém poder estar presente.


- Lorde Ormund, preciso-lhe falar... A sós... – Pronunciou com um tom firme, os escudeiros se levantaram e saíram às pressas, sem precisar ouvir de mim para que fossem.

- O que houve Tyrek? – Indaguei, já demonstrando preocupação sobre a postura que estava tendo.

- Os Rebeldes se instalaram de forma fixa em Solarestival, Comandante Gladden recebeu esta notícia dos batedores durante a madrugada. Ele suspeita que nossa investida direta possa fazer parte dos planos do inimigo, talvez planejem uma armadilha. De alguma forma eles pararam a marcha completamente, como se soubessem de nossa posição e intenção ofensiva. – Encarei Tyrek, tentando entender oque todas essas informações significavam. Não seria impossível o inimigo saber que iríamos tentar pará-los, mas antecipar um dia dessa informação...

- Informantes? – Perguntei a Tyrek, enquanto depositava Olho Negro em uma mesa.

- Talvez. Traidores não seriam uma surpresa, a essa altura. – Respondeu, enquanto posicionava sua mão sobre o punho da espada. – Devemos lidar com isso, de alguma forma, M’lord.

- Não há oque se fazer nesse momento. E o máximo que poderiam ter absolvido de nossas intenções é que ao invés de parar, iremos ir de encontro com eles. Fora que o informante, caso exista, pode estar em qualquer um dos três acampamentos dianteiros, seria perda de tempo focar nisso. Devemos acelerar o processo, e começar a marcha o mais rápido possível. – Acenei com a mão, dando a entender que o assunto havia terminado. Swann seguiu para fora da tenda, ciente de minhas intenções, e partiu rumo à tenda central.

Os escudeiros voltaram para o quarto, assim que o cavaleiro saiu às pressas do local. Pedi para que preparassem minha armadura, estava na hora de me preparar também. Vesti vestimentas leves por baixo do couro fervido e as peças do Cervo Negro. Um dos rapazes me seguia com as espadas Olho Negro e Garra de Leão, embainhadas, e o outro com o Elmo do Corno Baratheon. Um garanhão negro estava a minha espera do lado de fora, um cavalo treinado para caças e cavalgadas extensas e constantes, podia-se notar pelo seu tamanho até desproporcionalmente superior. Montei sobre o mesmo, os escudeiros me ajudavam a prender o cinto, enquanto eu mesmo prendia o Elmo sobre minha cabeça. Cavaleiros já prontos para partir me seguiam na cavalgada em direção a frente do acampamento.


- Lorde Strom, estamos todos prontos? – Perguntei ao encontrar Comandante Gladden já preparado a frente do acampamento.

- Formaremos as linhas e começaremos em menos de uma hora, M’lord. – Uma pausa. – Homens, preparem-se todos! Os soldados que não estiverem prontos para a marcha terão suas mãos amputadas, os covardes serão mortos, os guerreiros terão glórias! Vamos, sigam seu Lorde rumo à vitória! – Gritou para o extenso campo aberto, repleto de homens armados. Um longo grito de batalha foi proferido por todos os homens, a minha visão eram certa de seiscentos só ali.

Enquanto a formação estava sendo montada, comecei um trote lento ao lado de Gladden e Tyrek, estandartes Connington, Baratheon e Swann estavam suspensos, três colunas de soldados formando linhas de duzentos homens. Tambores eram tocados a todo vapor, e uma música forte incentivava os homens a cantorias. Era de arrepiar, estar à frente daquele exército, indo rumo à batalha, o desconhecido. O céu ficava cada vez mais cinza, e escuro, abrindo uma chuva leve sobre todos nós ali, enquanto nos aproximávamos de Solarestival. A cavalgada era dura, e demorada. Haviam cerca de cento e cinquenta homens a cavalo, e os outros quinhentos e cinquenta em marcha constante, armados com lanças, espadas e escudos Baratheon.


- Inimigo à frente, inimigo à frente! – Voltavam cinco batedores, já com espadas ao punho, preparados para qualquer combate.

- FORMAÇÃO! – Gritou Gladden Strom. As colunas foram se desfazendo, formando uma parede extensa e única, com filas de soldados. Era um campo aberto, em volta de pequenas montanhas. Uma linha de arqueiros ficava na parte de trás, eram cem homens com arco-e-flecha, a frente deles duzentos soldados (Falange), formando uma parede de proteção por todos os lados, com lanças e escudos. Na terceira linha estava a Infantaria (Piqueiros/Lanceiros), com duzentos e oitenta homens, formando uma barreira de ataque. Atrás de mim, Gladden e Tyrek, nossa cavalaria (Pesada) de cento e cinquenta homens montados, que erguiam suas espadas para o alto. Fui a frente de todos, enquanto abaixavam suas armas e focavam seus olhos em mim.

- Guerreiros da Tempestade! Vejo aqui os homens mais poderosos de Westeros, e me enche o peito em dizer que esse é meu povo. Léguas a frente encontra-se nossos inimigos, a frente encontra-se a morte! Avante! Não temam a escuridão, levantem-se! Levantem-se, Cavaleiros da Tempestade! Lanças devem ser trincadas, escudos serão destruídos, espada um dia de espada! Um dia vermelho! Antes de o sol raiar! Cavalguem já! Cavalguem e para a ruína, para o fim do mundo, para a morte! – Ergui minha espada, colocando o cavalo à frente. Todos os homens ergueram novamente suas armas, rincharam com seus cavalos e gritavam – “Para a morte!” – Cavalgamos a toda velocidade em direção aos rebeldes, que formavam uma linha de defesa protegendo seu acampamento logo atrás.

As flechas vieram, caindo sobre nosso exército, que foram rebatidas com as nossas logo depois. Eram poucas perto da imensidão de cavaleiros me seguindo, os Caron já estavam se borrando ao ver todos aqueles homens seguindo contra seu exército covarde. Notei que as forças Caron estavam reduzidas naquele ponto, provavelmente os ataques simultâneos acabaram com qualquer planejamento daqueles traidores. Até que veio o choque. Para todos os lados haviam espadas se chocando, gritos de dor, homens caindo ao solo e cavalos sendo mortos de forma covarde. Olho Negro nunca esteve tão afiada, e com sede de sangue, rodava a espada ao acertar homens montados, um de cada lado, íamos nos aprofundando mais e mais. Era evidente a diferença entre os exércitos, tanto quanto Lorde Caron ou Dondarrion não estavam à frente de seus homens, isso desmotivaria o exercido de uma forma significativa, a vantagem Baratheon se encontrava na honra.

Meu cavalo atravessou aquela horda de homens, não havia organização, pareciam preparados, mas cederam com facilidade ao ataque. As segunda e terceira linha de ataque estava próxima, eliminando os que sobraram no avante da cavalaria. Os soldados atiravam flechas nas costas dos inimigos, e cercamos todos eles, ou os que sobraram. Uma onda de flechas flamejantes passou por cima de nós, e atingiu o acampamento, a intenção era aniquilar tudo naquele lugar.  


- Vitória! – Gritei seguido de uma onda de gritos posteriores. Agora era ir mais fundo, e encontrar os covardes rebeldes.
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Mensagem por Edward Baratheon 10.10.17 19:44

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Febre de batalha


Sempre foi me dito que os momentos de maior importância para um homem era aqueles que se passava guerreando, iria descobrir se isso era verdade hoje. Antes da primeira luz da aurora, ele estava de pé em sua tenda. Seu coração palpitava tanto que parecia que iria pular de seu peito, suas mãos tremiam e por mais que tentasse não conseguia afastar aquele medo. Quando Willis adentrou com a bacia de água que havia pedido, fiquei brevemente sem reação, mas logo lembrei que tinha que manter as aparências de um comandante, então me forcei a parecer o mais confiante possível. Aparando minha barba com um punhal observei aquele garoto sair junto com a figura imponente que me obriguei a fazer. A cada minuto que se passava ficar sozinho naquela barraca fazia mal, precisava sair dali.

Lyonel, Jonos e Harys foram os primeiros que encontrei do lado de fora. Edward havia conhecido aqueles soldados durante o caminho, todos os três passaram por experiências passadas na guerra e cada um a estampava de forma diferente. Lyonel tinha perdido a mão esquerda, entretanto para sua sorte usava a espada com a direita, Jonos perdera todos os seus dentes e Harys estampava uma cicatriz que partia seus lábios em quatro partes. Edward se aproximou deles.


- É dia de grande gloria, m’lord! – dizia Lyonel enquanto prendia um escudo amarrado ao antebraço esquerdo.

- Sei que já escapou da morte varias vezes, mas ir para o campo de batalha com apenas uma cota de malha o protegendo parece demais, Lyonel.- Edward declarou em tom bem humorado.

- Esse fudedor de cabras quer morrer, Lorde Edward. Falei o mes...- Harys foi interrompido pelo som do corno de guerra avisando que devíamos estar prontos.
Voltei a minha tenda, só que dessa vez acompanhado de Harwood e Willis.  


Com a ajuda de alguns escudeiros a armadura, Cervo Encouraçado, e o martelo Tempestade foram trazidos. Edward estava vestido de roupas de algodão macio para reduzir fricção da malha que viria ser posta.

- Os rebeldes estão parados em Solarestival e a formação esta sendo montada. Estaremos prontos para atacar em minutos. – o jovem Baratheon ouvia Harwood enquanto os escudeiros equipavam o peitoral de aço e as manoplas. – M’lord, se me permite um conselho. Toda essa aflição passará ao primeiro brandir de armas.

O velho cavaleiro saiu antes mesmo de Edward poder responder algo. Quando amarrou suas longas madeixas, o elmo que ostentava uma longa galhada de cervo foi colocado. Com a visão limitada ao feixe do capacete, o jovem cervo estava pronto. Ao surgir do lado de fora, um forte alazão avermelhado tinha sido escolhido para aguentar a pesada armadura de aço negro que Edward vestia.

O primeiro momento que organizaria um exercito por si mesmo. Oitos fileiras de homens distribuíam os quinhentos que me foram dados. Junto a mim, Harwood Fell e Sor Criston, o Barba Longa, comandariam a vanguarda. Homens que guerrearam varias vezes, precisava de suas experiências para me auxiliar. Mais atrás ficava Criston Storm, bastardo de Lorde Lonmouth, liderando os arqueiros.

- Guerreiros da tempestade! – gritou Edward para que todos prestassem atenção nele.- Saibam que o medo que vos afligem agora, ataca a todos nós. Sei que muitos de vocês podem estar querendo fugir a uma hora dessas, largar as armas e voltar para seus lares. Mas saibam que o que vamos enfrentar hoje é inevitável. – conseguia sentir gotas de chuvas caindo do céu cinzento e adentrando meu capacete.- Lorde Caron e Dondarion são traidores da tempestade. Não vos deixem enganar, quem fugir hoje só estará adiando sua morte. Se perdermos hoje, aqueles miseráveis que estão em Solarestival irão em vossas casas e matarão sua mulher e seus filhos. Os que fugiram por medo só sentiram o doce beijo do aço em sua garganta enquanto pedem uma chance aos deuses. – cavalgava com o cavalo por entre as fileiras olhando para o rosto de cada um deles.- Então tens essa chance agora, a chance de proteger aqueles que nós são queridos. NOSSA É A FURIA!

O frenesi que Edward entrou impediu que visse qualquer coisa além dos inimigos. Cavalguei o mais rápido que pude ao lado do restante dos cavaleiros. Percorremos aquele grande campo numa velocidade incrível, até que uma chuva de flechas surgiu nos céus.

-ERGAM OS ESCUDOS!- esbravejou Edward, quando as flechas caíram uns gritos de dor já podiam ser ouvidos.

Rapidamente uma parede de escudos armou-se a minha frente. As lanças inimigas perfuraram alguns cavalos que estavam ao meu lado, assim fazendo seus montadores caírem e serem pisoteados por aquela massa louca de pessoas. Ao se aproximar Edward ergueu Tempestade o mais alto que pode, para depois descer com força contra o traidor que se opunha a sua frente. O martelo de guerra então estilhaçou em mil pedaços o escudo, acertando em cheio o peito do seu inimigo. Com a parede furada, penetrar a formação Caron e Dondarion foi fácil e aquele “corredor” aberto pelo jovem Baratheon foi usado por outros soldados para se infiltrar também. Edward gritou: “Nossa é a fúria!”. Durante a loucura que virou aquilo, podia se ouvir outras vozes o acompanhando.

A chuva de certo era um elemento que atrapalhava a todos, pois o chão lamacento fazia alguns cavalos penar para manter o equilíbrio. O alazão de Edward deslizou, nesse momento tentaram dar-lhe uma espadada, sem nem mesmo saber quem era, o jovem Baratheon cravou o martelo na cabeça do infeliz. Seguindo em frente, atropelou um arqueiro e arrancou o braço de um lanceiro.

Afinal tudo era verdade, todo aquele medo que percorrera seu corpo antes se esvaiu. O berro que aqueles traidores davam quando morriam soavam com uma bela melodia. Cavalos indo ao chão, inimigos vindo de todos os lados e soldados se digladiando,  soavam tão natural que parecerá que fazia aquilo inúmeras vezes.

A febre de batalha, talvez seja essa a sensação que Lorde Gerald Selmy tanto falava. Os músculos respondiam automaticamente, seus pavores se reduziam a nada e até o tempo parecia parar, transformando aqueles breves momentos em incontáveis horas. As dores e feridas nas costas causadas pelo peso da armadura ou o corpo encharcado de suor pelo calor que fazia dentro daquele monte de aço, sumiam. Aquilo fazia te sentir como se nada no mundo pudesse para-lo, só havia você e o inimigo, e depois o próximo e o seguinte. Os outros exalavam medo e cansaço, entretanto estes males não o alcançavam. A cada vez que matava um, se sentia mais forte.

Seu cavalo foi atingido e aquela sensação teve fim quando o grande animal foi ao chão jogando seu domador longe. Tempestade sumiu de suas mãos na queda. Quando ergueu-se de novo um golpe com uma clava, arremessou o capacete de Edward longe. A porrada fez com que ele voltasse ao chão, recobrou a consciência apanhando a espada de um cadáver. Virou se rapidamente enfiando na barriga do seu agressor e o matando.

- Vitoria! – gritou um soldado Baratheon. Uma mistura de alivio e felicidade percorreu o corpo de Edward.

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Mensagem por Ormund Baratheon 10.10.17 19:52

Jon Connington

Assim que a noite caiu, engolindo todo o acampamento com sua escuridão. Archotes estavam acesos em diversos pontos do acampamento, que em sua maioria estava silencioso. Não era comum uma grande concentração de homens da Tempestade ficar em tamanho silêncio, senti falta das bebedeiras e das brigas. Era uma situação complexa, tamanha que mal compreendia oque poderia se passar na cabeça daqueles homens, ainda mais nos companheiros que estavam nas linhas de frente, assim como Lorde Ormund e Edward. Só restava beber e orar para que ficassem bem, ao fim disso tudo.

Uma meretriz de quinze ou dezesseis anos estava servindo vinho em minha tenda, era jovem, porém dotada de uma beleza desconcertante. Geralmente eu via as mulheres como seres iguais, cada uma com a sua beleza, sua personalidade, e seu conhecimento na cama, mas essa jovem era diferente. Ela não me olhava com desejo, nem parecia se importar por eu ser um Lorde ou não. Entrava, trazia meu almoço, jantar, rios de bebida, mas nunca se mostrava menos do que cordial.


- Qual o seu nome, senhorita? – Perguntei-a, internamente me questionando por ter feito aquela pergunta, nunca sequer me importei com o nome das mulheres que me deito.

A jovem tinha os olhos azuis, cabelos negros e a pele muito branca, características da família Baratheon. Seu rosto era coberto por leves sardas rosadas, tinha o nariz pequeno e delicado, e a boca consideravelmente grande. Ela vestia uma roupa muito simples, no corpo um tanto fofo, algum tipo de pano branco, sem muitos detalhes, nunca fui um grande conhecer de roupas, mas sabia distinguir uma roupa a um trapo. Seu olhar era profundo, se dirigiu até mim, e com muita calma me respondeu;


- Desmyn Strom, senhor. – Disse ao fazer uma reverência breve, mas desconfiada aparentava estar. Pelo pouco que pude deduzir não me parecia uma garota simples, como as roupas que usava, carregava consigo um tipo de mistério, de difícil leitura, aquilo me intrigava.

- O que faz Desmyn Strom, uma jovem tão delicada, num acampamento de batalha? – Questionei, com desdém. Queria medir seu temperamento, com perguntas mais complexas do que o habitual.

- Não há lugares para mulheres ou homens senhor, eles apenas existem. – Me respondeu, de prontidão. Era impressionante, a profundidade não estava apenas em seu olhar, mas também nas suas ideias.

- Muito perspicaz senhorita Strom. – Disse em um tom cômico, enquanto notava ela encarar meus olhos, como se quisesse ler meus pensamentos mais do que ouvir minhas palavras. Seu corpo não era apenas belo, mas também perceptível de sinais. – De onde exatamente você vem? E por que escolheu estar aqui? – Um novo questionamento, estava realmente interessado em saber quem era aquela garota.

- Venho de muitos lugares, senhor. Meu pai adotivo era um comerciante andante, viajei por todas As Terras da Tempestade. Escolhi estar aqui porque faço parte desse povo, e tenho dever de contribuir de alguma forma em momentos como assim. – Se mostrou sensata, além de surpreendente. Deu um sorriso simplório, após sua resposta, e logo emendou. – Precisa de algo mais, Lorde Connington?

Acenei com a cabeça dando a entender que não precisava, ou tinha dúvidas a seu respeito. Ela caminhou devagar até a saída da tenda, enquanto eu a olhava de costas. Devia me concentrar realmente no que importava aquela altura, e não eram as mulheres, infelizmente. Minha mesa estava cheia de mapas, todos riscados e marcados, cheio de cálculos e deduções. Entornei vinho em um copo de barro, e tomei em apenas uma golada. Precisava dormir um pouco, me deitando na cama e puxando um livro, sobre histórias sobre os Antigos Cavaleiros do Vale, para acompanhar o sono que tinha de vir. Intrigava-me mais com a leitura do que sentia sono, e assim a noite se passou como uma ave em fuga, rápida e direta, mal pude ver o tempo andar. Esfreguei os olhos enquanto notei a luz forte entre as aberturas da tenda, já era manhã.

Um escudeiro, chamado Ed Dohays, membro de uma família de pequeno escalão que serve os Connington, acompanhado por Desmyn Strom, adentrou a tenda. A jovem começou a retirar as bandejas enquanto ele se dirigia a mim. Entrei meu livro ao rapaz, enquanto olhava a jovem Strom saindo do local; Em meio a minha leitura noturna, havia pensado muito nela. Sentei-me na cama, enquanto Ed trazia um copo d’água.


- Senhor, os homens começaram as preparações há algumas horas, e já estão todos formando a fila em frente à estrada. – Bebi o copo d’água e entreguei a Ed. – Obrigado Ed. – Levantei e o garoto me ajudou a vestir as roupas, uma simples roupa de couro fervido com o símbolo Baratheon na frente. Preferia não ficar armado, nunca fui de grande destreza com uma espada, assim como Ormund ou Koude, em nossa juventude em Pedrelmo. Apertei bem as botas, e segui para fora da tenda, Ed me seguia com alguns pergaminhos em mão, meio desajeitado. Malter e Shean já haviam partido junto aos soldados para linha de defesa, já eu, sempre atrasado, havia pedido anteriormente para permanecer no acampamento no primeiro dia.

O plano consistia em ter duas bases de defesa, uma na Estrada do Rei, que dava acesso direto a Ponta Tempestade, e outra na retaguarda das linhas de frente, onde estavam Ormund e Edward. Os vermes rebeldes para chegar ao castelo Baratheon, precisariam vencer três divisões de quinhentos soldados, e ainda uma barreira na estrada com mais quinhentos. Receio que seria impossível essa rebelião realmente dar certo. Para evitar ataques marítimos ou surpresa, cerca de dois mil homens ainda estavam no castelo e suas imediações, para guarnecer as muralhas e suportar qualquer tipo de ataque. Meistre Thawin estava encarregado de me informar sobre qualquer atividade suspeita, em nossa casa. Agora era hora de aguardar notícias da linha de frente, para prosseguir com o plano. Que os Deuses, caso realmente existam, protejam meus irmãos Baratheon, e Lorde Swann junto ao nosso povo fiel.
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Mensagem por Koude Swann 10.10.17 19:56

Koude Swann

Quando sua mente tinha apagado? Quando a excitação havia passado a tomar conta de seu corpo? Ele não sabia responder.

Mas, naquela investida, enquanto seu cavalo descia pela encosta íngreme atropelando as costas de um exército enfraquecido, Koude ria e gritava junto a Ou Ki e seus cavaleiros de elite e cada pequeno movimento de sua glaive Asa Branca era uma armadura aberta e partes sendo decepadas.

A batalha não havia começado daquela forma, o exército Swann chegará a batalha dividido em dois, a infantaria e arqueiros estavam divididos do grupo principal de seu Lorde e se tivessem agido segundo as ordens haviam se posicionado no flanco esquerdo do inimigo para empurra-los.  A cavalaria, os melhores soldados e Koude cruzavam escondidos pelas montanhas para pegar o inimigo pelas costas.

A cruzada tinha sido difícil, o frio era cortante, as árvores cortavam grande parte da luz, o caminho irregular causava quedas e machucava cavalos e cavaleiros, alguns bichos quebraram a pata, algumas pessoas quebraram o braço, a clavícula e um o pescoço. Dois azarados tinham caído direto numa encosta e seus corpos nunca seriam recuperados. E a incerteza era uma lança invisível no coração dos soldados, e se tivessem perdido o caminho? E se chegassem atrasados? E se toda sua ideia estivesse errada? Naquela montanha não havia volta ou improviso e isso amedrontava.

Esse medo também tomava Koude Swann, seu corpo tremia e ele tentava se convencer que era pelo vento. Suas mãos suavam na sela e ele tentava se convencer que era do esforço de controlar o cavalo. Sentia como se a arma em suas costas pesa-se 12 vezes mais do que pesava de verdade.

Trocou um leve olhar Leif e com Ou Ki, o cavaleiro se mantinha impassível, mas o Dothraki sorria e seus olhos queimavam, e ai Koude se deu conta que ele também sorria durante todo o caminho.

Quando chegaram na batalha Koude não se envolvera logo no primeiro momento, junto com Ou Ki e 50 soldados muito bem selecionados ele se dividiu em mais um grupo e pode ver quando Leif caiu sobre o flanco direito do inimigo numa formação em diagonal, uma formação feita unicamente para empurrar o adversário para o centro, a força inimiga se viu presa entre as ofensivas conjuntas e a confusão se instalou no combate.

-Devia puxar sua arma Koude.- Ou Ki rodava seu machado em sua mão direito- Logo chegará nossa vez.

Havia um único buraco naquela formação conjunta Swann, Connington e Baratheon, a parte traseira que não havia sido fechada por completo graças a escolha de investida de Leif.

-Sim Ou Ki.- Koude observava aquela abertura- Logo chegará nossa vez.

E quando o primeiro grupo teve a ideia de fugir por ali, lorde Swann se juntou ao combate.

A velocidade e ferocidade com que o grupo avançava aniquilava os rebeldes já estraçalhados que tentavam fugir. Koude já havia perdido a conta de quantos havia derrubado.

Uma flecha zuniu e matou uma pessoa do seu lado, sua glaive arrancou uma cabeça na esquerda e empurrou um inimigo a direito, um golpe atingiu a ombreira de sua armadura e foi contra-atacado por uma glaive em queda que arrancou o braço do infeliz. Avançou com Ou Ki a sua esquerda e concentrou seus golpes na direita, focado para não tomar nenhum golpe.

Até que viu um cavaleiro montado e bem armado e sua mente embranqueceu, não sabia quem era e nem quão forte era, mas se separou de sua força e avançou sobre ele. Chegou num grito empolgado, seu cavalo saltou e a glaive desceu sobre o cavaleira numa diagonal para baixo.

O cavaleiro defendeu com sua espada, mas o peso do impacto foi forte e direcionado para baixo e o cavalo não aquentou derrubando o cavaleiro. Koude saltou de seu cavalo para o chão e ficou frente a frente com seu adversário.

Era um homem alto, com uma armadura simples que só faltava o elmo perdido a pouco no primeiro golpe, os olhos marrons mostravam ódio puro. E a espada continuava em mãos com sua lâmina pálida.

Koude se deu conta que pequenos pingos de chuva caiam e avançou golpeando com um forte golpe lateral sobre o cavaleiro que aparou o golpe, mais um golpe se seguiu e mais outro, o cavaleiro ainda não havia se recuperado perfeitamente e apenas podia defender enquanto era arrastado na agressiva ofensiva.

Koude armou um golpe alto e o cavaleiro reagiu com sua espada para cima, numa mudança rápida o Swann acertou-o na lateral do joelho usando o cabo da glaive, o cavaleiro se dobrou e a glaive desceu, o golpe acertou em cheio a proteção do braço de espada do cavaleiro e o fez cambalear para o lado, Koude estocou com a glaive e o inimigo desviou, a arma passou por debaixo do braço vago do cavaleiro que atacou com sua espada na direção do braço do Swann fazendo um corte e o obrigando a soltar a arma.

E ele simplesmente a pegou com a outra mão do outro lado e a subiu acertando a axila do cavaleiro. O grito grave se espalhou e o cavaleiro recuou, mordeu os lábios para abafar a dor e reagiu a tempo de aparar o próximo ataque de Koude.

Sem um braço a mobilidade e velocidade dos ataques e combos de Koude diminuíram, mas o oponente também tinha menos força graças ao golpe na axila que deslocará seu ombro. As ofensivas limitadas à esquerda do Swann eram aparadas, as pesadas demais ou batiam de leve na armadura ou eram esquivadas, o contra ataque vinha sempre do combo de um golpe do lado direito e uma estocada, sem poder usar a mão direito Koude não podia mudar rapidamente a rotação da glaive como fazia antes e as estocadas chegavam cada vez mais perto, duas chegaram a arranhar sua armadura. Era apenas o menor peso da armadura que mantinha Koude na vantagem na luta.

E a chuva continuava caindo fraca e molhava o chão, e no meio de uma sequência de golpes em alta velocidade o cavaleiro, que já tinha uma perna enfraquecida, escorregou. A abertura foi mais que o bastante para Koude, o tempo livre o permitiu armar um golpe de grande força vindo de cima, e quando a glaive caiu o cavaleiro não tinha força para defendê-la nem ângulo para apara-la e a arma perfurou até a metade de seu pescoço.

O corpo caiu sem vida no meio da lama e da terra. Koude finalmente parou e tomou fôlego, diversos cadáveres se espalhavam ao seu redor, todos mortos por sua ofensiva especializada, contando agora dava para o grupo 100 ou 150 homens, todos mortos e jogados aos corvos. Ou Ki se aproximava com seu cavalo, Quanto tempo fiquei nesse combate? junto a mais 10 de sua divisão, a batalha estava finalizada já e o único grupo que tentará fugir cairá numa armadilha sagaz e maliciosa do Swann.

-Sabe quem é esse? Deve ser alguém importante. –Perguntou Ou Ki para o corpo do cavaleiro morto. - Deve ser alguém importante, diria que é um dos comandantes que estava sendo escoltado para longe quando percebeu que não havia vitória.

-Não sei, mas pode ser. – Koude olhou para o corpo tentando relaciona-lo a alguém, mas não conseguia- Vamos leva-lo para Ormund, talvez ele saiba dar a resposta.

E Koude foi tentar levantar o cadáver, mas seu corpo inteiro doía e seu braço direito sangrava muito.

-Pode fazer isso para mim Ou Ki? Vou precisar de ajuda.

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Mensagem por Ormund Baratheon 10.10.17 20:00

[Trama Secundária I] Tempestade de Sangue Robb-Stark-Game-of-Thrones-Final-Word

Havia corpos para todo lado, alguns nossos, a maioria deles. Meu pai dizia que Lordes honrosos eliminam os inimigos feridos, e castigava os saudáveis. Resolvi seguir seu conselho, e ordenei que capturassem os desgarrados e eliminassem os feridos lamentando em meio à lama e sangue. Comandantes Gladden e Tyrek estavam bem, com pequenos cortes e muita sujeita, assim como a mim. A motivação de nosso exército fora maior, devido à honra de seus comandantes em lutar a frente deles, os deuses nos agraciaram com mais honra, ao vencer aquela batalha.

- Lorde Caron e Dondarrion foram vistos? – Perguntei ao encontrar meus companheiros.

- Mandei homens procurarem entre os corpos, mas tanto no começo e ao meio da batalha, nenhum sinal deles. – Respondeu Gladden.

- Formaremos buscas dentro dos destroços do acampamento também, talvez haja homens por lá com informações, e suprimentos para utilizarmos. – Disse Tyrek, completando nosso diálogo.

Segui para dentro do acampamento, a Infantaria já tinha adentrado no lugar, e o fogo das flechas parado junto à chuva que aumentava. Poucos homens foram encontrados, na maioria servos e mulheres que foram deixados para trás. Todos foram capturados e presos, seriam levados para interrogatório em Ponta Tempestade. Alguns suprimentos foram vistos também, seriam distribuídos entre os soldados ali presentes, e que retornariam até o acampamento. Nenhum nobre havia sido encontrado, apenas alguns corpos conhecidos, como do Cavaleiro e primo do Lorde Dondarrion, Sor Ghoerd Dondarrion. Havia conhecido o mesmo em um torneio promovido por meu pai, não era de se esperar que compactuasse com essa idiotice, sendo um cavaleiro até então honrado. Morreu em meio à lama, pisoteado com pessoas desconhecidas, e provavelmente logo seria esquecido. Traidor.


- Seguiremos ao Sul, conforme o plano. Ateiem em fogo em tudo que sobrar por aqui, e sigam para o acampamento, cuidem dos feridos e relatem toda informação para Jon. – Disse Gladden. – Tyrek, pronto para continuar? Prepare os homens restantes, vamos para Solarestival.

Cavalgamos pelo território inimigo, já quase ao centro do acampamento vazio. O plano era após furar a dianteira, unir as forças restantes no centro e marchar rumo ao sul, eliminando toda ameaça por dentro, caso ainda houvesse. Ordenei que mensageiros partissem para o Acampamento Baratheon da retaguarda, com informações da batalha, e junto à cavalaria de cem homens restantes (sem ferimentos e com seus cavalos), parti rumo a Solarestival.
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Mensagem por Edward Baratheon 11.10.17 18:02

- Por que essa reação, m’lord? – dizia Harwood enquanto estendia a mão para me levantar. – Um campo de batalha é bem menos glorioso do que você imaginou. Certo?

- Na verdade diria nada glorioso. –respondeu Edward, a pancada levada partiu seu supercilio fazendo sangue escorrer por todo seu rosto e sua perna esquerda mancava pela queda do cavalo.

- Lorde Edward Baratheon precisa ser cuidado, venha imediatamente! – gritou Harwood para um homem encarregado de cuidar dos feridos.

O cheiro daquele ambiente era horrível, uma mistura de sangue, cadáveres, merda e urina.  A visão de incontáveis  mortos mutilados e vivos com ferimentos gravíssimos, agora não era nada agradável.  Sabia que muitos ali seriam deixados para morrer, não tinha como cuidar de todos, seriam selecionados os mais importantes e o resto seriam um festim para os corvos.  A ideia não o agradava, mas tinha que se conformar aquilo, pois eram as consequências de uma guerra.

A missão não estava completa, ainda faltava avançar para o castelo. Uma tarefa simples, contudo o numero de feridos  complicava um pouco. Passamos o restante do dia ali mesmo, ao leste de Solarestival, gastaríamos as horas restantes cuidando dos feridos e movendo os suprimentos.

Após o passar da noite, rumamos em direção a Solarestival. Ormund provavelmente estaria a minha espera para discutir o que faríamos a seguir. A morte dos lordes e herdeiros Caron e Dondarion parecia certa, talvez novas casas surgissem para darem lugar as antigas que nos deixariam. Em razão disso era premeditado que cavaleiros tentassem bajular Ormund para tentarem receber os castelos. Conheceria a personalidade de Ormund a partir dessas escolhas.

Nossa chegada foi acompanhada de grande festa. Os estandartes Caron e Dondarion que ali estavam foram substituídos pelo grande cervo. Os plebeus de Solarestival comemoraram nossa presença, afinal tinhamos os protegidos por longos anos. Tinha sido uma semana de grande estresse para Edward, para acalmar a mente partiu em ruma a um dos bordel.


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Mensagem por Koude Swann 12.10.17 19:21

Koude Swann

A ferida queimava e Koude mordia os lábios para não gritar.

-ISSO KOUDE, NADA DE GRITAR, MOSTRE ALGUMA FORÇA- Bjorn ao seu lado ria e esperneava, Meistre Klicius usava uma faca quente para cauterizar o corte aberto no braço direito do lorde Swann. -QUERO TIRAR LOGO AS MOEDAS DO IRVINE.

Todos os comandantes de Koude estavam ao seu redor, no centro de seu exército agora reunido, a estase da batalha ainda se espalhava pelas tropas que capturavam os sobreviventes e contavam os mortos. Por ordem direta de Koude nenhum homem deveria ser morto ao menos que reagisse agressivamente, os capturados deviam ser levados para Solarestival e apresentados a Ormund onde teriam o destino que o lorde deseja-se.

A faca quente foi afastada do braço, um pouco de água foi jogada no ferimento e uma pomada esverdeada aplicada, para completar Meistre Klicius circundou o braço com faixas brancas. Koude abriu e fechou a mão e virou o braço algumas vezes.

-Pode me passar esse dinheiro Irvine- O grande Bjorn saiu correndo atrás do arqueiro que fugia para não paga-lo.

Koude tinha o hábito de observar o máximo que podia seus comandantes após as batalhas. Bjorn continuava grande e forte, mas tinha falhas na armadura que não existiam antes. Irvine continuava misterioso e calmo como sempre, vestido por completo de preto e com o arco preso as costas, era um homem estranho que Koude conhecerá em Braavos, um arqueiro como quase nenhum vivo.

Leif e Ou Ki estavam tão bem que surpreendia seu Lorde, quase nenhuma marca física ou mental “Esses caras estiveram na linha de frente comigo?”. Apenas algum sangue em suas armas e roupas denunciava que eles estiveram em combates horas antes.

E tinha aquele corpo morto com o pescoço aberto até a metade, um soldado desconhecido, mas habilidoso e bem trajado, um dos motivos para manter as pessoas vivas era conseguir identificar quem ele era.

Segundo algumas tradições e rituais os deuses às vezes tocam os homens e geram combatentes únicos, se você vencer um desses o corpo e mente deles perante os deuses passam a ser seus e se você come-lo esses deuses agora tocam em você ”. Koude riu de leve e afastou o pensamento. Apenas pensar naquilo o causava algum incomodo.

-Meistre Klicius, pode me trazer uma bebida? Uma bebida de verdade. – Pediu ao Meistre com calma - Ficar aqui não nos levara a nada, vamos logo a Solarestival. – Anunciou e se preparou para a pequena cavalgada.

O grupo então se levantou, Ou Ki pegou o corpo e colocou-o preso na traseira de seu cavalo.  Meistre Klicius voltou com uma taça cheia de um líquido azul escuro, Koude bebeu um pouco dela e rodou a taça. Um soldado qualquer trouxe  o cavalo do lorde e ele montou.

Demorou menos de uma hora para chegarem a Solarestival, a cidade estava bem e em festa, difícil de acreditar que a menos de um dia estava em risco de ser sitiada e passada na espada.

-Quer parar em algum lugar? Entrar na festa- Ou Ki perguntou- Sabe que todos nós merecemos nossa recompensa.

-Sim, merecemos, e é por isso que não vamos parar agora, devemos ir direto a Ormund para conseguir nosso verdadeiro prêmio.

-Quantas moedas de ouro pretende pedir?

-Não é com moedas de ouro que se paga o trabalho de um lorde. – Koude tocou a ferida no braço, ferida tomada no nome de Ormund. “Guerra vai vir...E precisamos de mais força –É com castelos que se paga um lordes, e é isso que vou pedir, Portonegro será meu.


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Mensagem por NPC 12.10.17 19:52

Ponta Tempestade: As Famílias Caron e Dondarrion planejam um golpe contra Ponta Tempestade, pois não aceita as decisões que seu Lorde tomou em Porto Real. Deverão lidar com essa situação militar de uma forma definitiva, a marcha das Casas já começou e está em Solarestival, são mil soldados marchando contra Ponta Tempestade (e duzentos em cada fortaleza).

1 - Foi uma trama completa, trabalharam bem nos detalhes e na sintonia dos post's, isso é importante, porque partindo das considerações feitas pelo Lorde Baratheon e pelas narrações repletas de detalhes estratégicos dos demais personagens, vocês firmaram bem a trama secundária;

2 - O conflito em geral, foi bem elaborado. Usaram das falhas e separaram bem os conceitos, colocaram detalhes e não focaram tanto em conflitos diretos, e sim numa visão ampla.

3 - A lacuna no fechamento fica isenta de punição, porque o Luan conversou comigo ao solicitar avaliação, que para não prolongar um fechamento aqui, e realizar em outro post. Porém, as avaliações serão feitas apenas pelos tópicos aqui, então se alguém considerar algo faltando, parte do avaliador do prêmio;

Considerações Finais: Lorde Caron e Dondarrion não estavam presentes, junto com outros membros da família em meio ao combate. Irei considerar que eles recuaram para o seus devidos castelos, onde há ao menos 250 soldados de cada exército para defesa. A guerra foi vencida pela Força Baratheon, Connington e Swann.

Conclusão: O fechamento da trama está completo, sem precisar acrescentar algo.
Baixas Baratheon: 468 homens
Baixas Swann: 89 homens
Baixas Connington: 34 homens

Ele derrepente se levantou, se opôs, questionou
Por que devo me ajoelhar? Nada de bom isso mais me trará
Erguei suas forças, aliados e honra
Marchou contra a Tempestade, buscando sua liberdade

Buscou em todo seu interior a força de um desafiador
Mas o Cervo o parou, com sua coroa dourada ao explendor
A cada golpe uma lágrima, destruidora como o temporal
E o Cervo da Tempestade, enfim silenciou sua revelia

As chuvas caíram
Cobriam todos que lá estavam
As vozes, o andar, as espadas

As chuvas caíram
E cobriram todos os gritos, toda coragem
A guerra chegou, existiu, passou

A tempestade veio, e levou
Todas as vozes, todos os passos, todas as espadas
A tempestade levou, e nada sobrou
E só se podia ouvir o silêncio,
Quando a chuva caiu.

Não se pode mais ouvir nada em seus salões,
Apenas a chuva que cai lá fora
Apenas a chuva que cai lá fora.

NPC


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