[Trama Secundária I] Rebelião Blacktyde
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Guerra dos Tronos :: Westeros :: As Ilhas de Ferro :: Pyke
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[Trama Secundária I] Rebelião Blacktyde
Quellon Greyjoy
Capitulo I
Havia alguns dias que Harren Greyjoy, meu sobrinho, tinha regressado as Ilhas de Ferro. O retorno do garoto trouxe mudanças em Pyke, muitos o temiam, a maioria dos camponeses o viam como uma espécie de semideus. Grande parte dos camponeses e soldados da fortaleza estavam presentes quando Harren foi amordaçado e arremessado da Baía dos Homens de Ferro, e todos se perguntavam como o garoto havia escapado e sobrevivido, inclusive eu. Algumas pessoas comuns passaram a chamá-lo de Harren, O Imortal.
Convoquei uma reunião do pequeno conselho, estávamos todos presentes no Salão Principal da Forte Sangrento. Assentei-me na Cadeira de Pedra do Mar, antigo trono utilizado pelos governantes das Ilhas de Ferro. Estavam lá, Sor Rodrick Goodbrother, meu amigo e chefe da guarda de Pyke; os irmãos Urrun e Germund Tawney, meus guardas pessoais; Meister Richard, Dagon Harlaw, Castelão de Pyke e Harren Greyjoy. Achei que seria prudente que meu herdeiro ficasse por perto e aprendesse como se comportar e agir mediante ao pequeno conselho de Pyke, e também seria uma ótimo maneira de impedir que o garoto fizesse idiotices.
“Senhores, os convoquei aqui para apresentar o mais novo membro do conselho, meu sobrinho, Harren Greyjoy.” - iniciei o conselho – “A partir de hoje, ele será meu herdeiro, até que eu tenha meus próprios filhos, e ira compor parte da minha guarda pessoal.”
Por um instante o conselho permaneceu em silêncio.
“Harren, O Imortal!…” - bradou sarcasticamente Sor Rodrik - "…Assim os camponeses o chamam. Eu ainda tenho minhas dúvidas. És mesmo imortal?"
Harren Greyjoy arqueou a sombrancelha direita. Possuia um rosto belo. Nós Greyjoy tínhamos essa fama, corpo atlético, cabelos negros escorridos e um sorriso sarcástico e o corpo queimado de sol. Pôs-se a frente de Sor Rodrik e o encarou face a face. Abriu um sorrisinho.
“Acredito que queira descobrir, Sor” - disse o garoto - "…não há uma morte real, a morte é apenas uma nova definição para a vida... não acredite em tudo que escuta por ai…" - Harren soltou uma gargalhada e voltou para o seu lugar no conselho.
O Salão Principal ficou silencioso como uma cripta. O único som que se ouvia era as ondas do lado de fora do Forte Sangrento. Ningúem havia entendido uma palavra sequer de Harren, muito menos aquilo que ele queria dizer. Certamente o garoto havia se tornado sombrio.
De repente a porta foi aberta. Um jovem soldado adentrou pelo Salão.
“Com licença, M'lorde, hoje de manhã recebemos um corvo de Pretamare” – o soldado carregava em sua mão direita um papel ainda lacrado - "… está lacrado com o símbolo da Casa Blacktyde"
“Meister Richard, pegue a mensagem e leia. Acredito que seja os Blacktyde enviando o termo de colaboração” - disse já impaciente
Meister Richard levantou-se da cadeira e andou em direção ao soldado. Pegou o papel e despediu o soldado. Tornou-se a sentar. Assim que abriu, sua expressão mudou repentinamente.
"…M'Lorde!.. Acredito que não é o que esperávamos..." - disse o Meister ainda trêmulo – “Melhor o senhor ler…” - de imediato me entregou
Peguei o papel com indiferença, mas estava realmente preocupado. O que o maldito Blacktyde havia feito? Meister Richard era um homem de braços finos, um estudioso, qualquer coisa o assustava… Mas quando li a carta arregalei os olhos e meu peito se encheu de fúria. Levantei-me do Cadeira de Pedra do Mar.
“Como ousa?!” - esbravejei – “Malditos Blacktyde!!”
Assim estava escrito na carta:
“Malditos Blacktyde!” - praguejou Sor Rodrick – “Traidores sujos. Devemos matar todos eles.”
“Não teremos a menor chance” – disse Urrun Tawney – “Eles possuem vinte vezes o número de navios”
“Isso não significa que possuam mais soldados” – Germund ponderou de maneira perspicaz
“Lorde Joron apenas quer mostra seu poder naval, ele sabe que todas casas estarão nos observando, nos amedrontando, as outras casas se sentiram no direito de se rebelar contra nós” – Meister Richard disse em concordância
“Esta é a oportunidade perfeita para mostra nossa força” - disse Dagon Harlaw - “Nós temos dois mil e quinhentos homens ao nosso comando, bem alimentados e leais ao senhor. Não seria um Blacktyde qualquer que nos pararia”
“Devemos repaginar nossas linhas de defesa” - disse Harren - “Dividir o exército em dois flancos defensivos e um flanco ofensivo”
“Concordo com o garoto. Devemos enfrentá-los com em três flancos” - disse Sor Rodrick - “Acredito que eles não tenham homens suficientes… Então recomendo que venhamos atrai-los até o Grande Forte.”
Certamente eu possuía ótimos estrategistas militares. Adotarei a ideia de flanqueamento em três estágios propostos por Harren Greyjoy. Contudo, o cerco era inevitável, não possuíamos navios para contrapor, não haveria uma batalha naval, nossa melhor chance seria em duas linhas defensivas no Grande Forte e uma linha ofensiva, na qual, lideraria pessoalmente. Imaginei que ao lutar na linha de frente e de maneira ofensiva, ganharia notoriedade entre as outras casas de Ilhas de Ferro. Meister Richard tinha razão, todos os Lordes da Ilhas de Ferro estariam nos observando.
“Meister Richard, avise aos soldados que os camponeses e pescadores devem se refugiar dentro da Grande Forte o mais rápido possível. Dagon Harlaw, ajude Meister Richard acomodar os cidadãos.” - em seguida virei-me para os outros - “Sor Rodrick, reúna os homens e mobilize as tropas. Quero todos prontos para o combate. Urrun, Germund e Harren verifiquem as defesas de Pyke, levem alguns homens com vocês. Em breve darei as diretrizes de organização do exército.”
Todos saíram do Salão Principal e tornei-me a assentar na Cadeira de Pedra do Mar. A sorte estava lançada. E os Blacktyde estavam prestes a perdê-la, junto a seus vinte navios. A guerra estava declarada.
Havia alguns dias que Harren Greyjoy, meu sobrinho, tinha regressado as Ilhas de Ferro. O retorno do garoto trouxe mudanças em Pyke, muitos o temiam, a maioria dos camponeses o viam como uma espécie de semideus. Grande parte dos camponeses e soldados da fortaleza estavam presentes quando Harren foi amordaçado e arremessado da Baía dos Homens de Ferro, e todos se perguntavam como o garoto havia escapado e sobrevivido, inclusive eu. Algumas pessoas comuns passaram a chamá-lo de Harren, O Imortal.
Convoquei uma reunião do pequeno conselho, estávamos todos presentes no Salão Principal da Forte Sangrento. Assentei-me na Cadeira de Pedra do Mar, antigo trono utilizado pelos governantes das Ilhas de Ferro. Estavam lá, Sor Rodrick Goodbrother, meu amigo e chefe da guarda de Pyke; os irmãos Urrun e Germund Tawney, meus guardas pessoais; Meister Richard, Dagon Harlaw, Castelão de Pyke e Harren Greyjoy. Achei que seria prudente que meu herdeiro ficasse por perto e aprendesse como se comportar e agir mediante ao pequeno conselho de Pyke, e também seria uma ótimo maneira de impedir que o garoto fizesse idiotices.
“Senhores, os convoquei aqui para apresentar o mais novo membro do conselho, meu sobrinho, Harren Greyjoy.” - iniciei o conselho – “A partir de hoje, ele será meu herdeiro, até que eu tenha meus próprios filhos, e ira compor parte da minha guarda pessoal.”
Por um instante o conselho permaneceu em silêncio.
“Harren, O Imortal!…” - bradou sarcasticamente Sor Rodrik - "…Assim os camponeses o chamam. Eu ainda tenho minhas dúvidas. És mesmo imortal?"
Harren Greyjoy arqueou a sombrancelha direita. Possuia um rosto belo. Nós Greyjoy tínhamos essa fama, corpo atlético, cabelos negros escorridos e um sorriso sarcástico e o corpo queimado de sol. Pôs-se a frente de Sor Rodrik e o encarou face a face. Abriu um sorrisinho.
“Acredito que queira descobrir, Sor” - disse o garoto - "…não há uma morte real, a morte é apenas uma nova definição para a vida... não acredite em tudo que escuta por ai…" - Harren soltou uma gargalhada e voltou para o seu lugar no conselho.
O Salão Principal ficou silencioso como uma cripta. O único som que se ouvia era as ondas do lado de fora do Forte Sangrento. Ningúem havia entendido uma palavra sequer de Harren, muito menos aquilo que ele queria dizer. Certamente o garoto havia se tornado sombrio.
De repente a porta foi aberta. Um jovem soldado adentrou pelo Salão.
“Com licença, M'lorde, hoje de manhã recebemos um corvo de Pretamare” – o soldado carregava em sua mão direita um papel ainda lacrado - "… está lacrado com o símbolo da Casa Blacktyde"
“Meister Richard, pegue a mensagem e leia. Acredito que seja os Blacktyde enviando o termo de colaboração” - disse já impaciente
Meister Richard levantou-se da cadeira e andou em direção ao soldado. Pegou o papel e despediu o soldado. Tornou-se a sentar. Assim que abriu, sua expressão mudou repentinamente.
"…M'Lorde!.. Acredito que não é o que esperávamos..." - disse o Meister ainda trêmulo – “Melhor o senhor ler…” - de imediato me entregou
Peguei o papel com indiferença, mas estava realmente preocupado. O que o maldito Blacktyde havia feito? Meister Richard era um homem de braços finos, um estudioso, qualquer coisa o assustava… Mas quando li a carta arregalei os olhos e meu peito se encheu de fúria. Levantei-me do Cadeira de Pedra do Mar.
“Como ousa?!” - esbravejei – “Malditos Blacktyde!!”
Assim estava escrito na carta:
- Spoiler:
Lorde Quellon Greyjoy, eu, Lorde Joron Blacktyde reivindico as llhas de Ferro e a Cadeira de Pedra do Mar. E me auto-intitulo Rei Supremo das Ilhas de Ferro, título que havia sido de meus antepassados. Meus espiões disseram que não possui navios suficientes, pois vendeu boa parte por ganância. Meus navios chegaram daqui a três luas. Possuímos vinte vezes mais em número de navios. Entregue seus rendimentos e as Ilhas de Pyke. Renda-se ou morra. Assim que vencer a Assembléia dos Homens Livres não haveriam outra escapatória a não ser aceitar minha pretensão.
Rei Joron II da Casa Blacktyde, Rei Supremo das Ilhas de Ferro, futuro Senhor de Pyke.
“Malditos Blacktyde!” - praguejou Sor Rodrick – “Traidores sujos. Devemos matar todos eles.”
“Não teremos a menor chance” – disse Urrun Tawney – “Eles possuem vinte vezes o número de navios”
“Isso não significa que possuam mais soldados” – Germund ponderou de maneira perspicaz
“Lorde Joron apenas quer mostra seu poder naval, ele sabe que todas casas estarão nos observando, nos amedrontando, as outras casas se sentiram no direito de se rebelar contra nós” – Meister Richard disse em concordância
“Esta é a oportunidade perfeita para mostra nossa força” - disse Dagon Harlaw - “Nós temos dois mil e quinhentos homens ao nosso comando, bem alimentados e leais ao senhor. Não seria um Blacktyde qualquer que nos pararia”
“Devemos repaginar nossas linhas de defesa” - disse Harren - “Dividir o exército em dois flancos defensivos e um flanco ofensivo”
“Concordo com o garoto. Devemos enfrentá-los com em três flancos” - disse Sor Rodrick - “Acredito que eles não tenham homens suficientes… Então recomendo que venhamos atrai-los até o Grande Forte.”
Certamente eu possuía ótimos estrategistas militares. Adotarei a ideia de flanqueamento em três estágios propostos por Harren Greyjoy. Contudo, o cerco era inevitável, não possuíamos navios para contrapor, não haveria uma batalha naval, nossa melhor chance seria em duas linhas defensivas no Grande Forte e uma linha ofensiva, na qual, lideraria pessoalmente. Imaginei que ao lutar na linha de frente e de maneira ofensiva, ganharia notoriedade entre as outras casas de Ilhas de Ferro. Meister Richard tinha razão, todos os Lordes da Ilhas de Ferro estariam nos observando.
“Meister Richard, avise aos soldados que os camponeses e pescadores devem se refugiar dentro da Grande Forte o mais rápido possível. Dagon Harlaw, ajude Meister Richard acomodar os cidadãos.” - em seguida virei-me para os outros - “Sor Rodrick, reúna os homens e mobilize as tropas. Quero todos prontos para o combate. Urrun, Germund e Harren verifiquem as defesas de Pyke, levem alguns homens com vocês. Em breve darei as diretrizes de organização do exército.”
Todos saíram do Salão Principal e tornei-me a assentar na Cadeira de Pedra do Mar. A sorte estava lançada. E os Blacktyde estavam prestes a perdê-la, junto a seus vinte navios. A guerra estava declarada.
HP: 550/550
ST: 500/500
ST: 500/500
Decidi escrever a trama secúndaria dividindo em três capitulos. 1 - Introdução / 2 - Eventos / 3 - Desfecho e Medidas tomadas. Tudo será escrito neste mesmo tópico. Acompanhe.
Valar Morghulis :affraid:
_____________________________
Quellon Greyjoy- Lorde Greyjoy
- Casa : Greyjoy
Local de Nascimento : Pyke, Ilhas de Ferro
Re: [Trama Secundária I] Rebelião Blacktyde
Quellon Greyjoy
Capítulo II – A Batalha de Pyke
O Cerco de Pyke já havia começado a algumas horas, Lorde Joron Blacktyde realmente não estava brincando quando disse que possuía vinte navios. Eles haviam desembarcado e tomado Fidalporto, assim como previa. O único ponto seguro de desembarque em Pyke era em Fidalporto, contudo, dei ordem para que esvaziassem o lugar, e retirassem os pescadores e camponeses do local antes do ataque, Lorde Botley, senhor de Fidalporto, ficou relutante, mas concordou e refugiou-se em Pyke com sua família.
Na noite anterior ao Cerco de Pyke ordenei a Germund Tawney, meu guarda pessoal e ao meu sobrinho, Harren Greyjoy, que reunissem duzentos soldados de infantaria leve e embarcassem em nossos dois navios restante e fossem para não muito longe da ilha de Pyke, na direção contraria de onde os navios Blacktyde possivelmente fossem chegar, a fim de cumprir a missão que havia ordenado.
“Aconselho-vos que sigam para Oeste. Não é necessário que se aproximem da Ilha de Salésia, precisam apenas de distância suficiente dos navios de Lorde Blacktyde. Saíam ao anoitecer para não serem vistos, avisem aos soldados que façam silêncio. Harren, você está no comando da missão e será o capitão de meu navio, A fúria do Kraken, faça que eles paguem o preço do ferro. Germund, se cuide e proteja o meu irmão. Ambos estão dispensados agora” – foram minhas últimas palavras antes que os dois partissem para o Oeste. Meu plano era que tomassem os navios de Lorde Blacktyde assim que nós os atraíssem para os portões do Grande Forte.
Uma das táticas militares mais comuns em uma guerra, era o cerco. Em vez de travar uma batalha campal direta, o exército se posicionava em volta de castelo ou fortificação, a fim de travar o fluxo de mercadorias e suprimentos para o castelo. Lorde Joron, autointitulado Rei Joron II, não fez diferente. Rei Joron manteve seus navios na costa de Pyke em Fidalporto. Após tomar Fidalporto, posicionou seus homens em frente ao as Muralhas de Pyke, próximo a Casa do Portão, havia ali cerca de seiscentos a setecentos soldados de infantaria pesada dos Blacktyde e alguns homens a cavalo, possuíam material suficiente para cerco, incluindo escadas; para escalar as muralhas e grandes bestas para romper os portões. A nossa vantagem militar era de três para um. Imaginei que aquela rebelião fosse uma baita tolice.
Em um cerco há sempre duas opções, a primeira era manter a fortaleza sitiada e aguardar a rendição e a segunda organizar uma invasão. Joron Blacktyde era experiente o suficiente para saber que eu não renderia o castelo, nós tínhamos suprimentos para meses, por outro lado, os Blacktyde não possuíam recursos suficientes para abastecer as tropas. Entretanto, seus soldados estavam saudáveis e fortes, e aproveitando seus elementos de cerco, decidiu invadir rompendo os portões com as bestas e escalando os muros com suas escadas. Os soldados do “Rei” Joron II estavam dispostos da seguinte forma:
Anoitecia quando ouviu-se um grande estouro próximo a Casa do Portão. Um guarda gritou de uma das torres do Grande Forte.
“Estamos sendo invadidos! Os Blacktyde romperam as Muralhas!” - gritava o jovem soldado
De longe conseguia escutar os primeiros alaridos da batalha, eu sabia Sor Rodrick Goodbrother estava lá resistindo ao ataque. A batalha deveria acontecer na Casa do Portão, devido a sua proximidade com os Muros de Pyke
“Eles nem mesmo enviaram um emissário para a negociação” - disse Urrun Tawney, meu guarda pessoal
“Os Blacktyde deixaram de lado a diplomacia” - disse para Urrun, ele estava com sua armadura completa, carregava em seu peito o símbolo de sua casa, um chicote de urtigas. Usava um elmo de ferro e uma espada média.
Estávamos do lado de fora do Grande Forte, com cerca de quinhentos soldados de cavalaria pesada, todos possuíam armaduras, escudos, espadas ou machados. Devido a boa alimentação, todos os cavalheiros sob meu comando estavam em nível excelente. Diferente do restante dos soldados de infantaria e arqueiros que estavam com nível leal. Eu havia escolhido apenas os melhores para estar comigo. Cavalguei a frente dos cavalheiros e iniciei um discurso.
“Nascidos de Ferro… Diante de vocês encontram-se traidores dos antigos costumes… homens que desonram o Deus Afogado e na nossa lei… a lei das Ilhas de Ferro. - me esforçava ao máximo para que minha voz ecoasse a todos -"…no coração de cada um de nossos adversários estará as nossas glórias e vamos busca lá…nem que seja preciso pagar o preço do ferro”
Assim que terminei o discurso os homens enlouqueceram, batiam em seus escudos e levantam com seus cavalos. Acreditava que todas as Ilhas de Ferro desde da Ilha de Harlaw, Grande Wyk até Luz Solitária observariam a batalha, e assim decidir se valeria a pena ou não seguir-me
“Cavalheiros! Rumo a Casa do Portão! Avançar! - gritei o comando e toda a tropa mobilizou-se. Estava de uniforme completo para batalha, usava Manto Negro, minha armadura revestida de couro e aço, e minha mão esquerda carregava meu machado, Fúria do Kraken, e pûs meu escudo preso em minhas costas, Aço Negro. Não usava elmo, pois adorava que meus inimigos soubessem quem os matou.
***
Fortaleza de Pyke visto de cima - A Batalha ocorreu próximo aos muralhas de Pyke.
Lordsport é Fidalporto - mostrando a distância entre as fortalezas - Joron será capturado alguns metros de Pyke, nas florestas.
Havíamos chegado ao campo de batalha, Casa do Portão, centro das Muralhas de Pyke. Esqueça tudo o que te falaram sobre as batalhas. A maioria dos manuscritos que você leu foi de homens sábios de braços finos. Mesmo sendo já homem-feito, sangrado em batalha fiquei surpreso com a batalha. Nós Nascidos de Ferro tínhamos um jeito peculiar de lutar, não bastava apenas matar, nossos adversários deveriam sofrer, deviam pagar o preço do ferro.
Em frente a Casa do Portão havia um pequeno vilarejo, a batalha se estendia por ali, desde a Casa do Portão até os confins da Muralhas de Pyke, a Infantaria Leve dos Blacktyde já havia rompido os portões e estavam invadindo aos poucos as muralhas, em pequenos grupos os arqueiros Blacktyde tomavam posições na muralha. Nosso besteiros estavam posicionados próximos a Casa Portão, lançavam flechas em nossos adversários da Infantaria Leve. A cavalaria Blacktyde vinha logo na retaguarda do exército, liderados pelo próprio Joron Blacktyde, ele estava alto e imponente, cabelos grisalhos e armadura completa, possuía um elmo de com penacho verde e preto. Por estarem em menor número, Joron Blacktyde havia deixado seus ataques mais concentrados, ele sabia que espalhar o exército seria fatal. Eu ainda tinha uma reserva de mil soldados posicionados no Grande Forte, intactos.
Os céus começaram a escurecer, o clima estava começando a ficar chuvoso, o barulho das ondas misturavam-se aos gritos de sofrimento e dos metais chocando entre si. Apertei o machado, que porventura, estava perfeitamente equilibrado e mirei para frente, na direção dos soldados dos Blacktyde. Minha cavalaria estava na vanguarda.
“Cavalheiros de Ferro! É chegado a hora! Ao ataque!” - gritei e em seguida avancei
Quinhentos cavaleiros Greyjoy investiram em direção a Infantaria Leve Blacktyde. Caímos sobre eles com nossos machados e espadas. Não estavam sendo facilmente abatidos, seus soldados eram resistentes. Havia matada cinco soldados com meu machado, todos da mesma maneira, girando o machado sobre a cabeça deles, alguns soldados consegui acertar a jugular com a face direita do machado. Infelizmente alguns eu apenas feri. Estávamos na parte mais densa da batalha, os sons dos escudos e lanças misturavam as ondas, e estava cada vez mais nítido.
Meus olhos estavam cheios de sangue. Olhei para noroeste da batalha, pude ver que a cavalaria Blacktyde estava batalhando contra a nossa Infantaria Pesada. Sor Rodrick estava liderando a linha defensiva, ele usava um escudo quebrado e gritava. Podia apenas desejar sorte, estava a uns duzentos metros dele, em breve iria me juntar a eles em batalha. Olhei para o alto e vi os meus besteiros, eles lançavam dardos e flechas, não lançavam em áreas concentradas, mas sim em zonas separadas, sabe-se lá quem comandou isso, mas achei um baita tolice. Voltei a me concentrar na no meu lado da batalha. Um soldado Blacktyde correu em minha direção, ele usava um escudo com o símbolo da casa, cerrou os punhos e me preparei para atacar o soldado, assim que ele se aproximou, lancei meu machado em direção a sua cabeça, acertando em cheio. Cavalguei com até o soldado e inclinei o corpo abaixando e em movimento peguei o Fúria do Kraken, o machado. Assim que estava retomando minha posição, ouvi um zunido, quando me dei conta, uma flecha havia acertado a cabeça do meu cavalo, que cambaleou e caiu.
Quando meu cavalo caiu, ouvi o grito de Urrun Tawney – meu guarda pessoal – o garoto estava lutando a minha retaguarda com seu cavalo.
“Mantenha a posição” - gritei para Urrun, sinceramente não sei se o garoto me ouvi.
Minhas pernas estavam doendo, por sorte não havia quebrado. Consegui pular momentos antes de cair, de qualquer forma, a queda foi a mesma. Levantei-me tentado me recompor, haviam corpos mutilados jogados ao chão. Sangue. Lama. Chuva. Gritos. Nada melhor para definir a batalha. Retirei o escudo das minhas costas. Assim que levantei, dois soldados vieram em minha direção. O primeiro investiu com seu machado contra o meu peito, defendi rapidamente e girei o meu machado sobre a cabeça do segundo soldado, como forma de antecipar seu ataque, acertando seu crânio. Em seguida, empurrei o escudo contra o corpo do primeiro soldado, desequilibrando-o e lancei o machado em seu peito. Acertei em cheio. Que noite gloriosa!
“Quellon Greyjoy! Seu bastardo! Enfrente como homem” - ouviu-se um grito. Assim que olhei para trás estava em minha frente um homem. Cabelos ruivos, corpo atlético, olhos frios e um sorriso tão sarcástico quanto de Harren Greyjoy. Tinha certeza que de era Urrigon Blacktyde, o herdeiro de Lorde Joron. Ele estava com a armadura quase completa e toda ensangüentada, possuíam alguns cortes em seus braços. Usava uma espada curva e não possuía escudo. Segurei meu machado, e corri em direção ao garoto, daria a ele a primeira investida.
“Está na hora de morrer Blacktyde! Em seguida vou atrás de seu pai” - disse enquanto corria na direção do desgraçado
Enquanto corria, percebi que a situação estava levemente favorável para nós, haviam mais soldados Blacktyde mortos do que soldados Greyjoy. Urrun Tawney, meu guarda pessoal, estava liderando a cavalaria da vanguarda em meu lugar e repelia facilmente a infantaria pesada dos nossos adversários e no momento seguia em direção aos arqueiros. Eu havia perdido Sor Rodrick de vista, mas acreditava que estava tudo bem, ele era um guerreiro experiente. Urrigon estava a poucos metros quando saltei e fiz a minha primeira investida.
Devo confessar que o Urrigon era talentoso. Minha primeira investida foi contra o peito do garoto, porém, ele rebateu o ataque com a parte chata de sua espada bastarda, e acertou-me em seguida com uma “pesada” em meu peito, fazendo-me cambalear para trás. Firmei rapidamente, o solo estava lamacento – não foi fácil de equilibrar – meu escudo havia caído. Urrigon abriu um sorriso e antes que eu pudesse preparar um novo ataque, Príncipe Urrigon Blacktyde, adiantou e desse com a lâmina na direção da minha cabeça, tive tempo apenas de curvar a cabeça tentando esquivar. Minha cabeça começou a doer, uma dor insuportável, quando percebi a lâmina havia feito um corte vertical próximo ao meu olho direito, eu havia perdido a visão.
Eu estava tão irado e dolorido que segurei o machado com bastante força, e mirei o machado na garganta de Urrigon, que sorria surpreso por ter acertado golpe, devido a pouco visão, misturados com o sangue, errei o golpe, acertando no maxilar de Urrigon, que largou a espada e pôs as duas mãos na boca, produzindo ganidos de dor, caindo de joelhos…
“Agora sim! Pagará o preço do ferro” - disse para o bastardo enquanto ele gemia
Cerrei o machado em meu punho e desferi um golpe em seu crânio com tanta força, que pude ver seus miolos e massa cefálica caindo pelo chão lamacento e escorrendo de seus ouvidos o líquido esverdeado. O Príncipe estava morto. Agora só faltava cortar a cabeça do Usurpador.
No mesmo instante, grande parte dos soldados de Urrigon começaram a soltar as espadas e machados e se render, não faria sentido lutar por alguém que estava morto. A infantaria leve era a maior força de ataque de Joron Blacktyde, com sua infantaria rendida não havia como vencer a batalha, tínhamos perdidos poucos homens até o momento.
“M'Lorde! Tome este cavalo, Joron está fugindo com seu filho mais novo! Eles estão em direção a Fidalporto… Pretendem escapar” - disse Urrun Tawney
Montei ao cavalo dado por Urrun e avançamos em direção a saída das muralhas. Em volta havia dezenas de homens mortos e mutilados, a maior parte dos soldados de Joron Blacktyde estavam rendidos e outros ainda tentavam resistir. Reunimos cerca de trezentos homens montados a cavalo e avançamos. Uma perfeita perseguição a Joron Blacktyde.
Saindo dos portões de Pyke, havia uma grande planície que misturava gramado e rochas, inteiramente aberta… A nossa frente fugindo estava Joron e algumas dezenas de homens montados a cavalo… Um de nossos soldados retirou de suas costas uma aljava e uma flecha e em movimento lançou uma flecha em direção a Joron, porém, a flecha não acertou, acertando apenas o seu cavalo, fazendo com a caísse. Meu rosto ainda estava ardendo.
“Excelente, soldado! Depois quero saber o seu nome” - disse para o homem, que parecia bastante habilidoso - “Urrun, cuide de Joron Blacktyde, cuidarei do meu olho…”
“Certamente, M'Lorde, a batalha já foi vencida” - disse Urrun - “O que devo fazer com Joron e seu filho”
“Não se preocupe, quero os dois vivos, prenda-os, amanhã pela manhã darei a eles um julgamento adequado” - olhei para os homens que nos acompanhavam e gritei - “O importante é que a batalha foi vencida, não há rei das Ilhas de Ferro, o único soberano de Pyke, sou eu”
Assim que disse isso dei meia-volta com meu cavalo e parti para o Grande Forte, fui escoltado por quatro cavalheiros, que me acompanhavam. Atrás de mim, ouvi o barulho das tropas de Urrun Tawney esmagando os remanescentes de Joron Blacktyde. Ouvia apenas os gritos. A Rebelião Blacktyde havia sido esmagada. Eu havia perdido um olho. Pela manhã daria a Joron o que ele merecia.
“Senhores a Batalha de Pyke foi um sucesso. Os bardos louvaram esse dia, mas os mortos, não ouviram, o que está morto não pode morrer” - bradei para os meus soldados.
Em seguida, um escudeiro correu até minha presença, estava todo ensaguentado e com parte de seu unifome faltando, possuía um rosto choroso.
“M'Lorde” - ele disse fazendo-me uma reverência - “Temo informar-lhe que Sor Rodrick Goodbrother está morto”
Capítulo II – A Batalha de Pyke
O Cerco de Pyke já havia começado a algumas horas, Lorde Joron Blacktyde realmente não estava brincando quando disse que possuía vinte navios. Eles haviam desembarcado e tomado Fidalporto, assim como previa. O único ponto seguro de desembarque em Pyke era em Fidalporto, contudo, dei ordem para que esvaziassem o lugar, e retirassem os pescadores e camponeses do local antes do ataque, Lorde Botley, senhor de Fidalporto, ficou relutante, mas concordou e refugiou-se em Pyke com sua família.
Na noite anterior ao Cerco de Pyke ordenei a Germund Tawney, meu guarda pessoal e ao meu sobrinho, Harren Greyjoy, que reunissem duzentos soldados de infantaria leve e embarcassem em nossos dois navios restante e fossem para não muito longe da ilha de Pyke, na direção contraria de onde os navios Blacktyde possivelmente fossem chegar, a fim de cumprir a missão que havia ordenado.
“Aconselho-vos que sigam para Oeste. Não é necessário que se aproximem da Ilha de Salésia, precisam apenas de distância suficiente dos navios de Lorde Blacktyde. Saíam ao anoitecer para não serem vistos, avisem aos soldados que façam silêncio. Harren, você está no comando da missão e será o capitão de meu navio, A fúria do Kraken, faça que eles paguem o preço do ferro. Germund, se cuide e proteja o meu irmão. Ambos estão dispensados agora” – foram minhas últimas palavras antes que os dois partissem para o Oeste. Meu plano era que tomassem os navios de Lorde Blacktyde assim que nós os atraíssem para os portões do Grande Forte.
Uma das táticas militares mais comuns em uma guerra, era o cerco. Em vez de travar uma batalha campal direta, o exército se posicionava em volta de castelo ou fortificação, a fim de travar o fluxo de mercadorias e suprimentos para o castelo. Lorde Joron, autointitulado Rei Joron II, não fez diferente. Rei Joron manteve seus navios na costa de Pyke em Fidalporto. Após tomar Fidalporto, posicionou seus homens em frente ao as Muralhas de Pyke, próximo a Casa do Portão, havia ali cerca de seiscentos a setecentos soldados de infantaria pesada dos Blacktyde e alguns homens a cavalo, possuíam material suficiente para cerco, incluindo escadas; para escalar as muralhas e grandes bestas para romper os portões. A nossa vantagem militar era de três para um. Imaginei que aquela rebelião fosse uma baita tolice.
Em um cerco há sempre duas opções, a primeira era manter a fortaleza sitiada e aguardar a rendição e a segunda organizar uma invasão. Joron Blacktyde era experiente o suficiente para saber que eu não renderia o castelo, nós tínhamos suprimentos para meses, por outro lado, os Blacktyde não possuíam recursos suficientes para abastecer as tropas. Entretanto, seus soldados estavam saudáveis e fortes, e aproveitando seus elementos de cerco, decidiu invadir rompendo os portões com as bestas e escalando os muros com suas escadas. Os soldados do “Rei” Joron II estavam dispostos da seguinte forma:
- Spoiler:
- – Quatrocentos soldados de Infantaria Leve posicionado em Frente as Muralha sob comando de Urrigon Blacktyde, o príncipe herdeiro de Joron.
– Cem soldados arqueiros de Arcos Longos posicionados em Frente a Muralha.
– Cem soldados de Cavalaria Pesada posicionada em Frente a Muralha sob comando de Rei Joron e seu filho Victarion Blacktyde.
- Spoiler:
- – Quinhentos soldados de Cavalaria Pesada sob meu próprio comando, posicionados em frente ao Grande Forte.
– Cem Arqueiros Besteiros posicionados próximos a Casa do Portão, defendendo a Muralha.
– Duzentos soldados de Infantaria Pesada sob comando de Sor Rodrick Goodbrother, chefe da guarda de Pyke, posicionados atrás da Muralha, a fim de contrapor a Infantaria Pesada dos Blacktyde.
– Os mil soldados restantes, dei ordem para que defendessem o Forte Sangrento e o interior do Grande Forte, caso houvesse ameaça, ou até mesmo se algumas de nossos flancos caíssem.
Anoitecia quando ouviu-se um grande estouro próximo a Casa do Portão. Um guarda gritou de uma das torres do Grande Forte.
“Estamos sendo invadidos! Os Blacktyde romperam as Muralhas!” - gritava o jovem soldado
De longe conseguia escutar os primeiros alaridos da batalha, eu sabia Sor Rodrick Goodbrother estava lá resistindo ao ataque. A batalha deveria acontecer na Casa do Portão, devido a sua proximidade com os Muros de Pyke
“Eles nem mesmo enviaram um emissário para a negociação” - disse Urrun Tawney, meu guarda pessoal
“Os Blacktyde deixaram de lado a diplomacia” - disse para Urrun, ele estava com sua armadura completa, carregava em seu peito o símbolo de sua casa, um chicote de urtigas. Usava um elmo de ferro e uma espada média.
Estávamos do lado de fora do Grande Forte, com cerca de quinhentos soldados de cavalaria pesada, todos possuíam armaduras, escudos, espadas ou machados. Devido a boa alimentação, todos os cavalheiros sob meu comando estavam em nível excelente. Diferente do restante dos soldados de infantaria e arqueiros que estavam com nível leal. Eu havia escolhido apenas os melhores para estar comigo. Cavalguei a frente dos cavalheiros e iniciei um discurso.
“Nascidos de Ferro… Diante de vocês encontram-se traidores dos antigos costumes… homens que desonram o Deus Afogado e na nossa lei… a lei das Ilhas de Ferro. - me esforçava ao máximo para que minha voz ecoasse a todos -"…no coração de cada um de nossos adversários estará as nossas glórias e vamos busca lá…nem que seja preciso pagar o preço do ferro”
Assim que terminei o discurso os homens enlouqueceram, batiam em seus escudos e levantam com seus cavalos. Acreditava que todas as Ilhas de Ferro desde da Ilha de Harlaw, Grande Wyk até Luz Solitária observariam a batalha, e assim decidir se valeria a pena ou não seguir-me
“Cavalheiros! Rumo a Casa do Portão! Avançar! - gritei o comando e toda a tropa mobilizou-se. Estava de uniforme completo para batalha, usava Manto Negro, minha armadura revestida de couro e aço, e minha mão esquerda carregava meu machado, Fúria do Kraken, e pûs meu escudo preso em minhas costas, Aço Negro. Não usava elmo, pois adorava que meus inimigos soubessem quem os matou.
***
Fortaleza de Pyke visto de cima - A Batalha ocorreu próximo aos muralhas de Pyke.
Lordsport é Fidalporto - mostrando a distância entre as fortalezas - Joron será capturado alguns metros de Pyke, nas florestas.
Havíamos chegado ao campo de batalha, Casa do Portão, centro das Muralhas de Pyke. Esqueça tudo o que te falaram sobre as batalhas. A maioria dos manuscritos que você leu foi de homens sábios de braços finos. Mesmo sendo já homem-feito, sangrado em batalha fiquei surpreso com a batalha. Nós Nascidos de Ferro tínhamos um jeito peculiar de lutar, não bastava apenas matar, nossos adversários deveriam sofrer, deviam pagar o preço do ferro.
Em frente a Casa do Portão havia um pequeno vilarejo, a batalha se estendia por ali, desde a Casa do Portão até os confins da Muralhas de Pyke, a Infantaria Leve dos Blacktyde já havia rompido os portões e estavam invadindo aos poucos as muralhas, em pequenos grupos os arqueiros Blacktyde tomavam posições na muralha. Nosso besteiros estavam posicionados próximos a Casa Portão, lançavam flechas em nossos adversários da Infantaria Leve. A cavalaria Blacktyde vinha logo na retaguarda do exército, liderados pelo próprio Joron Blacktyde, ele estava alto e imponente, cabelos grisalhos e armadura completa, possuía um elmo de com penacho verde e preto. Por estarem em menor número, Joron Blacktyde havia deixado seus ataques mais concentrados, ele sabia que espalhar o exército seria fatal. Eu ainda tinha uma reserva de mil soldados posicionados no Grande Forte, intactos.
Os céus começaram a escurecer, o clima estava começando a ficar chuvoso, o barulho das ondas misturavam-se aos gritos de sofrimento e dos metais chocando entre si. Apertei o machado, que porventura, estava perfeitamente equilibrado e mirei para frente, na direção dos soldados dos Blacktyde. Minha cavalaria estava na vanguarda.
“Cavalheiros de Ferro! É chegado a hora! Ao ataque!” - gritei e em seguida avancei
Quinhentos cavaleiros Greyjoy investiram em direção a Infantaria Leve Blacktyde. Caímos sobre eles com nossos machados e espadas. Não estavam sendo facilmente abatidos, seus soldados eram resistentes. Havia matada cinco soldados com meu machado, todos da mesma maneira, girando o machado sobre a cabeça deles, alguns soldados consegui acertar a jugular com a face direita do machado. Infelizmente alguns eu apenas feri. Estávamos na parte mais densa da batalha, os sons dos escudos e lanças misturavam as ondas, e estava cada vez mais nítido.
Meus olhos estavam cheios de sangue. Olhei para noroeste da batalha, pude ver que a cavalaria Blacktyde estava batalhando contra a nossa Infantaria Pesada. Sor Rodrick estava liderando a linha defensiva, ele usava um escudo quebrado e gritava. Podia apenas desejar sorte, estava a uns duzentos metros dele, em breve iria me juntar a eles em batalha. Olhei para o alto e vi os meus besteiros, eles lançavam dardos e flechas, não lançavam em áreas concentradas, mas sim em zonas separadas, sabe-se lá quem comandou isso, mas achei um baita tolice. Voltei a me concentrar na no meu lado da batalha. Um soldado Blacktyde correu em minha direção, ele usava um escudo com o símbolo da casa, cerrou os punhos e me preparei para atacar o soldado, assim que ele se aproximou, lancei meu machado em direção a sua cabeça, acertando em cheio. Cavalguei com até o soldado e inclinei o corpo abaixando e em movimento peguei o Fúria do Kraken, o machado. Assim que estava retomando minha posição, ouvi um zunido, quando me dei conta, uma flecha havia acertado a cabeça do meu cavalo, que cambaleou e caiu.
Quando meu cavalo caiu, ouvi o grito de Urrun Tawney – meu guarda pessoal – o garoto estava lutando a minha retaguarda com seu cavalo.
“Mantenha a posição” - gritei para Urrun, sinceramente não sei se o garoto me ouvi.
Minhas pernas estavam doendo, por sorte não havia quebrado. Consegui pular momentos antes de cair, de qualquer forma, a queda foi a mesma. Levantei-me tentado me recompor, haviam corpos mutilados jogados ao chão. Sangue. Lama. Chuva. Gritos. Nada melhor para definir a batalha. Retirei o escudo das minhas costas. Assim que levantei, dois soldados vieram em minha direção. O primeiro investiu com seu machado contra o meu peito, defendi rapidamente e girei o meu machado sobre a cabeça do segundo soldado, como forma de antecipar seu ataque, acertando seu crânio. Em seguida, empurrei o escudo contra o corpo do primeiro soldado, desequilibrando-o e lancei o machado em seu peito. Acertei em cheio. Que noite gloriosa!
“Quellon Greyjoy! Seu bastardo! Enfrente como homem” - ouviu-se um grito. Assim que olhei para trás estava em minha frente um homem. Cabelos ruivos, corpo atlético, olhos frios e um sorriso tão sarcástico quanto de Harren Greyjoy. Tinha certeza que de era Urrigon Blacktyde, o herdeiro de Lorde Joron. Ele estava com a armadura quase completa e toda ensangüentada, possuíam alguns cortes em seus braços. Usava uma espada curva e não possuía escudo. Segurei meu machado, e corri em direção ao garoto, daria a ele a primeira investida.
“Está na hora de morrer Blacktyde! Em seguida vou atrás de seu pai” - disse enquanto corria na direção do desgraçado
Enquanto corria, percebi que a situação estava levemente favorável para nós, haviam mais soldados Blacktyde mortos do que soldados Greyjoy. Urrun Tawney, meu guarda pessoal, estava liderando a cavalaria da vanguarda em meu lugar e repelia facilmente a infantaria pesada dos nossos adversários e no momento seguia em direção aos arqueiros. Eu havia perdido Sor Rodrick de vista, mas acreditava que estava tudo bem, ele era um guerreiro experiente. Urrigon estava a poucos metros quando saltei e fiz a minha primeira investida.
Devo confessar que o Urrigon era talentoso. Minha primeira investida foi contra o peito do garoto, porém, ele rebateu o ataque com a parte chata de sua espada bastarda, e acertou-me em seguida com uma “pesada” em meu peito, fazendo-me cambalear para trás. Firmei rapidamente, o solo estava lamacento – não foi fácil de equilibrar – meu escudo havia caído. Urrigon abriu um sorriso e antes que eu pudesse preparar um novo ataque, Príncipe Urrigon Blacktyde, adiantou e desse com a lâmina na direção da minha cabeça, tive tempo apenas de curvar a cabeça tentando esquivar. Minha cabeça começou a doer, uma dor insuportável, quando percebi a lâmina havia feito um corte vertical próximo ao meu olho direito, eu havia perdido a visão.
Eu estava tão irado e dolorido que segurei o machado com bastante força, e mirei o machado na garganta de Urrigon, que sorria surpreso por ter acertado golpe, devido a pouco visão, misturados com o sangue, errei o golpe, acertando no maxilar de Urrigon, que largou a espada e pôs as duas mãos na boca, produzindo ganidos de dor, caindo de joelhos…
“Agora sim! Pagará o preço do ferro” - disse para o bastardo enquanto ele gemia
Cerrei o machado em meu punho e desferi um golpe em seu crânio com tanta força, que pude ver seus miolos e massa cefálica caindo pelo chão lamacento e escorrendo de seus ouvidos o líquido esverdeado. O Príncipe estava morto. Agora só faltava cortar a cabeça do Usurpador.
No mesmo instante, grande parte dos soldados de Urrigon começaram a soltar as espadas e machados e se render, não faria sentido lutar por alguém que estava morto. A infantaria leve era a maior força de ataque de Joron Blacktyde, com sua infantaria rendida não havia como vencer a batalha, tínhamos perdidos poucos homens até o momento.
“M'Lorde! Tome este cavalo, Joron está fugindo com seu filho mais novo! Eles estão em direção a Fidalporto… Pretendem escapar” - disse Urrun Tawney
Montei ao cavalo dado por Urrun e avançamos em direção a saída das muralhas. Em volta havia dezenas de homens mortos e mutilados, a maior parte dos soldados de Joron Blacktyde estavam rendidos e outros ainda tentavam resistir. Reunimos cerca de trezentos homens montados a cavalo e avançamos. Uma perfeita perseguição a Joron Blacktyde.
Saindo dos portões de Pyke, havia uma grande planície que misturava gramado e rochas, inteiramente aberta… A nossa frente fugindo estava Joron e algumas dezenas de homens montados a cavalo… Um de nossos soldados retirou de suas costas uma aljava e uma flecha e em movimento lançou uma flecha em direção a Joron, porém, a flecha não acertou, acertando apenas o seu cavalo, fazendo com a caísse. Meu rosto ainda estava ardendo.
“Excelente, soldado! Depois quero saber o seu nome” - disse para o homem, que parecia bastante habilidoso - “Urrun, cuide de Joron Blacktyde, cuidarei do meu olho…”
“Certamente, M'Lorde, a batalha já foi vencida” - disse Urrun - “O que devo fazer com Joron e seu filho”
“Não se preocupe, quero os dois vivos, prenda-os, amanhã pela manhã darei a eles um julgamento adequado” - olhei para os homens que nos acompanhavam e gritei - “O importante é que a batalha foi vencida, não há rei das Ilhas de Ferro, o único soberano de Pyke, sou eu”
Assim que disse isso dei meia-volta com meu cavalo e parti para o Grande Forte, fui escoltado por quatro cavalheiros, que me acompanhavam. Atrás de mim, ouvi o barulho das tropas de Urrun Tawney esmagando os remanescentes de Joron Blacktyde. Ouvia apenas os gritos. A Rebelião Blacktyde havia sido esmagada. Eu havia perdido um olho. Pela manhã daria a Joron o que ele merecia.
“Senhores a Batalha de Pyke foi um sucesso. Os bardos louvaram esse dia, mas os mortos, não ouviram, o que está morto não pode morrer” - bradei para os meus soldados.
Em seguida, um escudeiro correu até minha presença, estava todo ensaguentado e com parte de seu unifome faltando, possuía um rosto choroso.
“M'Lorde” - ele disse fazendo-me uma reverência - “Temo informar-lhe que Sor Rodrick Goodbrother está morto”
HP: 300/550
ST: 200/500
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Última edição por Quellon Greyjoy em 01.10.17 23:37, editado 1 vez(es) (Motivo da edição : Erros de Português/ Concordância)
Quellon Greyjoy- Lorde Greyjoy
- Casa : Greyjoy
Local de Nascimento : Pyke, Ilhas de Ferro
Re: [Trama Secundária I] Rebelião Blacktyde
Quellon Greyjoy
Capítulo III - O Preço do Ferro
Haviam-se passado dois dias após o término da batalha. Eu tinha prometido que julgaria Lorde Joron e seu filho a dois dias atrás, entretanto, a morte de meu amigo, Sor Rodrick Goodbrother, mexeu comigo. Éramos muito próximos e conviviamos por anos, ele havia sangrado diversas vezes por mim em batalha e fugiu comigo até Asshai, fugindo da fúria de Alios Nogarys, enquato estávamos no exílio de Pyke - longa história - eu não estava preparado para perder meu amigo. No momento me sentia só.
Estávamos na costa oeste das Ilhas de Ferro. O clima estava nebuloso, a maré estava forte, as ondas batiam tão violentamente nas rochas, que parecia que o próprio Deus Afogado estava mandando um recado de lamento. O corpo de Rodrick estava enrolado em uma manta com as cores e símbolo da Casa Goodbrother de Cornatelo, um berrante de guerra preto e dourado, em um fundo vermelho. Aos poucos Nascidos de Ferro se juntavam a nós para o ritual de passagem. Após a morte, nós das Ilhas de Ferro tínhamos como tradição colocar os corpos de nossos homens em barcos, e empurrar em direção oeste de nossas Ilhas, a fim de que eles se juntassem aos lendários guerreiros, os irmãos Gran e Gorold.
Reza a lenda que antes dos ândalos Gran e Gorold reuniram onze mil homens das ilhas de ferro e partiram com seus navios em direção ao extremo oeste de Westeros e nunca mais retornaram. Dizem que eles encontraram o próprio Deus Afogado, que os concedeu a vida eterna. Nós Nascidos de Ferro acreditávamos que assim que morrêssemos iriamos para as terras inexploradas nos juntar ao Deus Afogado e viveríamos saqueando e pilhando terras inexploradas.
Ao meu lado estavam Sor Dagon Harlaw e Meister Richard. Germund Tawney, meu guarda pessoal, estava na Fortaleza de Pyke mantendo os Blacktyde prisioneiros. Enquanto me perdia em pensamentos, chegou o sacerdote, ou Homem Afogado com eram conhecidos, um homem calvo, com uma barba rala e extremamente suja, parecia um velho bêbado, não sabia o nome dele, mas desde que meu tio era vivo, ele já era o sacerdote. Acompanhando o sacerdote estavam três soldados Goodbrother representando, o irmão de Rodrick, Lorde Goodbrother, todos tristes e cabisbaixos, eles carregavam o barco de Rodrick, como sinal de honra para sua casa. Havíamos enviado ao mar, milhares de homens na noite anterior, inclusive Urrigon Blacktyde, enviamos todos os mortos na batalha de Pyke, contudo, para Sor Rodrick, optei em uma cerimonia unitária, ele não era alguém comum para mim.
“Vá em paz, meu amigo” - disse para mim mesmo baixinho - “Lamento não estar por perto. Acredito que em breve nos encontraremos e estaremos juntos no além-mundo.”
Após o fim da cerimônia, o barco que levava o corpo de Rodrick já estava longe, só nos restava o lamento. Meister Richard aproximou-se vagarosamente, usava uma capa negra que destacava seus elos, ele apertava nervosamente suas mãos, era de fato um homem estranho… estranho, porém, confiavel.
“Devemos decidir o destino de Joron, M'Lorde” - disse enquanto esfregava seus dedos uns nos outros - “Não podemos deixar passar um dia sequer, aconselho que o envie para a Muralha”
“Devemos matá-lo, garoto. Perdemos alguns bons homens” - disse Dagon - “Joron Blacktyde insultou nossa casa declarando-se Rei Supremo das Ilhas de Ferro. Ele não merece viver."
“Iremos para o Grande Forte, e lá será decidido como faremos” - disse decidido
“E quanto a Harren e Germund?” - disse Dagon com desconfiança
“Conseguimos alguns navios da frota Blacktyde” - respondeu Meister Richard calmamente - “Harren e Germund foram atrás dos remanescentes, eles já devem estar no Grande Forte´”
Montei em meu cavalo e olhei para oeste, já não via mais o barco de Rodrick. Infelizmente teria que me preocupar com os meus próprios problemas. Uma guerra estava por vir, e deveríamos estar fortes de preparados, não era tempo para fraqueza. E segui até a Fortaleza de Pyke.
***
Chegando na Fortaleza de Pyke, as coisas ainda estavam diferentes. Os pedreiros trabalhavam dia e noite para reconstruir parte das muralhas que foram rompidas em batalha, entretanto, outras coisas já estavam bem adiantadas, por sorte não houve danos as outras defesas, fora uma batalha bem arquitetada.
Subimos para o Grande Forte, e atravessamos as pontes perigosas até chegar ao Forte Sangrento, onde estava o Salão Principal. Ao chegar lá o local estava cheio de soldados e dois representantes da Assembleia de Homens Livres. Os homens gritavam e soltavam risadas, porém assim que cheguei os barulhos sumiram. No centro do Salão Principal estava Urrun Tawney, meu guarda pessoal, e ajoelhados próximos a ele estavam Lorde Joron Blacktyde e seu herdeiro Victarion. A esquerda da Cadeira de Pedra do Mar estavam Harren Greyjoy, meu sobrinho e Germund Tawney, meu guarda e irmão de Urrun. Haviam cerca de duzentos homens no Salão, a medida que eu passava, alguns se curvavam em reverência, enquanto os mais ousados gritavam em brado pela minha pequena vitória.
“Enfim a vitória foi consolidada, meu irmão” - disse Harren enquanto me abraçando - “… capturamos a maior parte dos navios remanescentes, poucos conseguiram fugir, mas não será um problema.”
“Ótimo, Harren!” - disse ao garoto - “Você fez um ótimo trabalho, traz orgulho a esta casa”
“O que aconteceu com o seu olho?” - perguntou Harren - “Os relatos eram verdadeiros”
“É um longa história, a batalha não foi tão simples assim” - disse enquanto caminhava pelo Salão
“… para alguém que poupou mil homens, se saiu muito bem” - falou Germund enquanto sorria e caminhava até
Assentei-me na Cadeira de Pedra do Mar.
“Urrun, traga-me os prisioneiros” - disse em voz alta - “Não devemos mais demorar em resolver esta situação”
Urrun e alguns soldados trouxeram os prisioneiros até a minha presença. Joron e Victarion pareciam sujos e machucados, acreditei que os guardas tivessem violado ambos de alguma maneira.
“Uma rebelião imbecil. Por um lorde imbecil. Mortes imbecis. O que devo fazer com você Lorde Joron Blacktyde? - disse olhando para o homem que encontrava-se assustados
“Sou o verdadeiro descendente dos Reis Supremos das Ilhas de Ferro. Minha família espera por isso a anos e não será um maldito Greyjoy de baixo nascimento que tomaria o meu lugar por direito” - o velho teimoso Joron Blacktyde era de certo orgulhoso e tolo, saberia que os representantes da Assembleia dos Homens Livres estavam lá - “Eu tenho o direito a reivindicação. Liberte-me e lute comigo e decidiremos o que será melhor para todos, ou a Assembleia deve decidir, garoto.”
Assim que disse, os dois representantes da Assembleia dos Homens Livres se levantaram. Eram eles Gareth Drumm e Balon Stonehouse, ambos velhos, porém, robustos, homens verdadeiramente respeitados nas Ilhas de Ferro, agiam apenas como legisladores das leis.
“Um Nascido de Ferro apenas pode se autointitular ''Rei'' pela Assembleia e coroado no Monte de Nagga. Você não é o rei, Joron… Nunca foi” - disse Lorde Balon para Joron
“No momento a decisão está nas mãos de Quellon Greyjoy, ele foi escolhido soberano das Ilhas de Ferro.” - Gareth Drumm disse seriamente para Quellon
Meister Richard aproximou-se a passos lentos, inclinou-se e disse em meus ouvidos
“Devemos enviá-los para Muralha, M'Lorde” - disse o Meister - “Não haveria alternativa melhor para eles e não ser servirem ao reino.”
“Que se foda o reino… Quero eles mortos” – falei para Richard - “Eles não é justo que eles vivam mais um segundo”
Joron Blacktyde começou a rir enquanto se contorcia na tentativa de se soltar das cordas.
“Você é fraco, menino. Tão fraco quanto seu pai foi. E tão fraco quanto seu amigo” - ele riu novamente - “… sim, seu amigo Goodbrother, eu adorei cortar o pescoço dele.”
Minhas mãos começaram a tremer. Talvez eu não fosse tão destemido como eu imaginava. Mellys tinha razão – o medo morava nos cantos mais obscuros de nossos corações – ela sempre dizia isso.
Em um ato de insanidade puxei Victarion Blacktyde pelos seus cabelos ruívos escorridos, ele parecia ter uns quinze anos, pouco mais jovem que Harren, puxei uma faca e coloquei em sua garganta pressionando-a levemente.
“Está enganado sobre mim, Joron. Não sou tão fraco como imagina.” - olhei seriamente para Joron - “… renuncie sua casa e títulos, talvez assim eu o deixe viver…”
Joron se assustou. Pôs-se de pé e implorou pelo seu filho
“Você não faria isso, garoto. O código não permite. Eu renuncio minha casa e títulos e aceito o exílio eterno. Mas por favor não mate meu outro filho, Victarion é inteiramente inocente. Ele é apenas um garoto. Matando ele, você extinguirá nossa linhagem.” - a voz de Joron começou a demonstrar fraqueza. Quem diria que um homem tão arrogante tornaria um cãozinho ao ameaçar seu filho.
“Achei que era um homem valente. Agora se monstra um tolo e de atitudes tolas. Você pagará o preço do ferro.” - assim que disse, pressionei a faca contra o pescoço do garoto e transpassei a faca da jugular até a carótida arterial, fazendo um poça de sangue no chão. O sangue que escorria era carmesim, lembrou-me a bandeira da Casa Goodbrother, por cima do corpo do meu amigo.
“O que você fez?! Você matou meu filho, seu desgraçado!?” - urrou Joron Blacktyde enquanto lamentava - “Você está jogando uma das dinastias mais importantes das Ilhas de Ferro, no lixo… Você não pode nos extinguir”
Aproximei-me de Joron Blacktyde. O Salão Principal estava inteiramente silencioso. Tive a sensação de que todos esperavam que tomasse a decisão. Meu coração estava acelerado, eu havia acabado de matar um herdeiro de uma grande casa. Não sei como as outras casas pensariam sobre mim, mas o recado estava dado, não haveria espaço para rebeliões nas Ilhas de Ferro.
“… Que isso sirva de exemplo. Para que ninguém tente a idiotice de se rebelar contra mim. Em troca prometo novamente levar os homens de ferro a glórias inimagináveis . Se lembraram de nós por milhares de anos – disse olhando para todos os presentes no Salão Principal, inclusive, os representantes da Assembleia de Homens Livres.
Urrun pisou nas juntas de Joron Blacktyde fazendo que se prostrasse novamente. O velho ainda lamentava a morte do garoto. Ordenei que trouxessem meu machado, Fúria do Kraken. E me pûs a frente de Lorde Joron, que estava cabisbaixo e desolado.
“Eu, Lorde Quellon Greyjoy, em nome de Qualquer Targaryen Que Esteja No Trono do Continente, eu, o Senhor do Sal e da Rocha, Filho do Vento Marinho, Senhor Ceifeiro de Pyke, destituo os títulos e rendimentos da Casa Blacktyde e extinguo, condenando Joron Blacktyde, o Indigno, a morte” - O Salão continuava silencioso. Apertei o cabo de meu machado e com um movimento rápido passei a face lateral do machado no pescoço de Joron. A Rebelião Blacktyde havia inteiramente sido esmagada – “… Corte os braços e pernas dele. E pendure seu corpo em frente a Baía dos Homens de Ferro, todo homem que passar por lá saberá o que acontece com quem traí as tradições. Envie partes de suas pernas e braços até as outras casas de Pyke, para que saibam que a justiça foi feita. Os Greyjoys estão de volta ao poder”
***
Os homens já estavam indo embora. Quando Sor Dagon Harlaw adentrou novamente ao Salão Principal que a princípio já estava vazio.
“Ainda pensativo, M'lorde? O senhor fez o que deveria ser feito” - disse Dagon - “Conseguimos alguns homens e navios, podemos agora pensar em como devemos prosseguir em Westeros”
“Sim. De fato. Estava pensando em Rodrick. Nunca imaginei que ele morreria. Ele foi um dos poucos que estiveram comigo nos momentos mais sombrios.” - disse chorosamente. Tive que virar todo o meu rosto, era difícil se adaptar a um olho só - “… você está certo, devemos prosseguir.
“Os pescadores e mercadores em Fidalporto dizem que a situação em Porto Real foi resolvida. Lionel Lannister foi morto em combate por um tal de Lorde Ormund da Casa Baratheon. E quem se assenta no trono no lugar de seu pai é Rei Valerion I” - contou-me Sor Dagon
“Devemos nos preocupar?” - perguntei a procura de respostas rápidas
“Talvez. Mas certamente precisaremos de aliados.” - disse ele - “… o senhor precisa arrumar uma esposa ou um aliado poderoso.”
Capítulo III - O Preço do Ferro
Haviam-se passado dois dias após o término da batalha. Eu tinha prometido que julgaria Lorde Joron e seu filho a dois dias atrás, entretanto, a morte de meu amigo, Sor Rodrick Goodbrother, mexeu comigo. Éramos muito próximos e conviviamos por anos, ele havia sangrado diversas vezes por mim em batalha e fugiu comigo até Asshai, fugindo da fúria de Alios Nogarys, enquato estávamos no exílio de Pyke - longa história - eu não estava preparado para perder meu amigo. No momento me sentia só.
Estávamos na costa oeste das Ilhas de Ferro. O clima estava nebuloso, a maré estava forte, as ondas batiam tão violentamente nas rochas, que parecia que o próprio Deus Afogado estava mandando um recado de lamento. O corpo de Rodrick estava enrolado em uma manta com as cores e símbolo da Casa Goodbrother de Cornatelo, um berrante de guerra preto e dourado, em um fundo vermelho. Aos poucos Nascidos de Ferro se juntavam a nós para o ritual de passagem. Após a morte, nós das Ilhas de Ferro tínhamos como tradição colocar os corpos de nossos homens em barcos, e empurrar em direção oeste de nossas Ilhas, a fim de que eles se juntassem aos lendários guerreiros, os irmãos Gran e Gorold.
Reza a lenda que antes dos ândalos Gran e Gorold reuniram onze mil homens das ilhas de ferro e partiram com seus navios em direção ao extremo oeste de Westeros e nunca mais retornaram. Dizem que eles encontraram o próprio Deus Afogado, que os concedeu a vida eterna. Nós Nascidos de Ferro acreditávamos que assim que morrêssemos iriamos para as terras inexploradas nos juntar ao Deus Afogado e viveríamos saqueando e pilhando terras inexploradas.
Ao meu lado estavam Sor Dagon Harlaw e Meister Richard. Germund Tawney, meu guarda pessoal, estava na Fortaleza de Pyke mantendo os Blacktyde prisioneiros. Enquanto me perdia em pensamentos, chegou o sacerdote, ou Homem Afogado com eram conhecidos, um homem calvo, com uma barba rala e extremamente suja, parecia um velho bêbado, não sabia o nome dele, mas desde que meu tio era vivo, ele já era o sacerdote. Acompanhando o sacerdote estavam três soldados Goodbrother representando, o irmão de Rodrick, Lorde Goodbrother, todos tristes e cabisbaixos, eles carregavam o barco de Rodrick, como sinal de honra para sua casa. Havíamos enviado ao mar, milhares de homens na noite anterior, inclusive Urrigon Blacktyde, enviamos todos os mortos na batalha de Pyke, contudo, para Sor Rodrick, optei em uma cerimonia unitária, ele não era alguém comum para mim.
“Vá em paz, meu amigo” - disse para mim mesmo baixinho - “Lamento não estar por perto. Acredito que em breve nos encontraremos e estaremos juntos no além-mundo.”
Após o fim da cerimônia, o barco que levava o corpo de Rodrick já estava longe, só nos restava o lamento. Meister Richard aproximou-se vagarosamente, usava uma capa negra que destacava seus elos, ele apertava nervosamente suas mãos, era de fato um homem estranho… estranho, porém, confiavel.
“Devemos decidir o destino de Joron, M'Lorde” - disse enquanto esfregava seus dedos uns nos outros - “Não podemos deixar passar um dia sequer, aconselho que o envie para a Muralha”
“Devemos matá-lo, garoto. Perdemos alguns bons homens” - disse Dagon - “Joron Blacktyde insultou nossa casa declarando-se Rei Supremo das Ilhas de Ferro. Ele não merece viver."
“Iremos para o Grande Forte, e lá será decidido como faremos” - disse decidido
“E quanto a Harren e Germund?” - disse Dagon com desconfiança
“Conseguimos alguns navios da frota Blacktyde” - respondeu Meister Richard calmamente - “Harren e Germund foram atrás dos remanescentes, eles já devem estar no Grande Forte´”
Montei em meu cavalo e olhei para oeste, já não via mais o barco de Rodrick. Infelizmente teria que me preocupar com os meus próprios problemas. Uma guerra estava por vir, e deveríamos estar fortes de preparados, não era tempo para fraqueza. E segui até a Fortaleza de Pyke.
***
Chegando na Fortaleza de Pyke, as coisas ainda estavam diferentes. Os pedreiros trabalhavam dia e noite para reconstruir parte das muralhas que foram rompidas em batalha, entretanto, outras coisas já estavam bem adiantadas, por sorte não houve danos as outras defesas, fora uma batalha bem arquitetada.
Subimos para o Grande Forte, e atravessamos as pontes perigosas até chegar ao Forte Sangrento, onde estava o Salão Principal. Ao chegar lá o local estava cheio de soldados e dois representantes da Assembleia de Homens Livres. Os homens gritavam e soltavam risadas, porém assim que cheguei os barulhos sumiram. No centro do Salão Principal estava Urrun Tawney, meu guarda pessoal, e ajoelhados próximos a ele estavam Lorde Joron Blacktyde e seu herdeiro Victarion. A esquerda da Cadeira de Pedra do Mar estavam Harren Greyjoy, meu sobrinho e Germund Tawney, meu guarda e irmão de Urrun. Haviam cerca de duzentos homens no Salão, a medida que eu passava, alguns se curvavam em reverência, enquanto os mais ousados gritavam em brado pela minha pequena vitória.
“Enfim a vitória foi consolidada, meu irmão” - disse Harren enquanto me abraçando - “… capturamos a maior parte dos navios remanescentes, poucos conseguiram fugir, mas não será um problema.”
“Ótimo, Harren!” - disse ao garoto - “Você fez um ótimo trabalho, traz orgulho a esta casa”
“O que aconteceu com o seu olho?” - perguntou Harren - “Os relatos eram verdadeiros”
“É um longa história, a batalha não foi tão simples assim” - disse enquanto caminhava pelo Salão
“… para alguém que poupou mil homens, se saiu muito bem” - falou Germund enquanto sorria e caminhava até
Assentei-me na Cadeira de Pedra do Mar.
“Urrun, traga-me os prisioneiros” - disse em voz alta - “Não devemos mais demorar em resolver esta situação”
Urrun e alguns soldados trouxeram os prisioneiros até a minha presença. Joron e Victarion pareciam sujos e machucados, acreditei que os guardas tivessem violado ambos de alguma maneira.
“Uma rebelião imbecil. Por um lorde imbecil. Mortes imbecis. O que devo fazer com você Lorde Joron Blacktyde? - disse olhando para o homem que encontrava-se assustados
“Sou o verdadeiro descendente dos Reis Supremos das Ilhas de Ferro. Minha família espera por isso a anos e não será um maldito Greyjoy de baixo nascimento que tomaria o meu lugar por direito” - o velho teimoso Joron Blacktyde era de certo orgulhoso e tolo, saberia que os representantes da Assembleia dos Homens Livres estavam lá - “Eu tenho o direito a reivindicação. Liberte-me e lute comigo e decidiremos o que será melhor para todos, ou a Assembleia deve decidir, garoto.”
Assim que disse, os dois representantes da Assembleia dos Homens Livres se levantaram. Eram eles Gareth Drumm e Balon Stonehouse, ambos velhos, porém, robustos, homens verdadeiramente respeitados nas Ilhas de Ferro, agiam apenas como legisladores das leis.
“Um Nascido de Ferro apenas pode se autointitular ''Rei'' pela Assembleia e coroado no Monte de Nagga. Você não é o rei, Joron… Nunca foi” - disse Lorde Balon para Joron
“No momento a decisão está nas mãos de Quellon Greyjoy, ele foi escolhido soberano das Ilhas de Ferro.” - Gareth Drumm disse seriamente para Quellon
Meister Richard aproximou-se a passos lentos, inclinou-se e disse em meus ouvidos
“Devemos enviá-los para Muralha, M'Lorde” - disse o Meister - “Não haveria alternativa melhor para eles e não ser servirem ao reino.”
“Que se foda o reino… Quero eles mortos” – falei para Richard - “Eles não é justo que eles vivam mais um segundo”
Joron Blacktyde começou a rir enquanto se contorcia na tentativa de se soltar das cordas.
“Você é fraco, menino. Tão fraco quanto seu pai foi. E tão fraco quanto seu amigo” - ele riu novamente - “… sim, seu amigo Goodbrother, eu adorei cortar o pescoço dele.”
Minhas mãos começaram a tremer. Talvez eu não fosse tão destemido como eu imaginava. Mellys tinha razão – o medo morava nos cantos mais obscuros de nossos corações – ela sempre dizia isso.
Em um ato de insanidade puxei Victarion Blacktyde pelos seus cabelos ruívos escorridos, ele parecia ter uns quinze anos, pouco mais jovem que Harren, puxei uma faca e coloquei em sua garganta pressionando-a levemente.
“Está enganado sobre mim, Joron. Não sou tão fraco como imagina.” - olhei seriamente para Joron - “… renuncie sua casa e títulos, talvez assim eu o deixe viver…”
Joron se assustou. Pôs-se de pé e implorou pelo seu filho
“Você não faria isso, garoto. O código não permite. Eu renuncio minha casa e títulos e aceito o exílio eterno. Mas por favor não mate meu outro filho, Victarion é inteiramente inocente. Ele é apenas um garoto. Matando ele, você extinguirá nossa linhagem.” - a voz de Joron começou a demonstrar fraqueza. Quem diria que um homem tão arrogante tornaria um cãozinho ao ameaçar seu filho.
“Achei que era um homem valente. Agora se monstra um tolo e de atitudes tolas. Você pagará o preço do ferro.” - assim que disse, pressionei a faca contra o pescoço do garoto e transpassei a faca da jugular até a carótida arterial, fazendo um poça de sangue no chão. O sangue que escorria era carmesim, lembrou-me a bandeira da Casa Goodbrother, por cima do corpo do meu amigo.
“O que você fez?! Você matou meu filho, seu desgraçado!?” - urrou Joron Blacktyde enquanto lamentava - “Você está jogando uma das dinastias mais importantes das Ilhas de Ferro, no lixo… Você não pode nos extinguir”
Aproximei-me de Joron Blacktyde. O Salão Principal estava inteiramente silencioso. Tive a sensação de que todos esperavam que tomasse a decisão. Meu coração estava acelerado, eu havia acabado de matar um herdeiro de uma grande casa. Não sei como as outras casas pensariam sobre mim, mas o recado estava dado, não haveria espaço para rebeliões nas Ilhas de Ferro.
“… Que isso sirva de exemplo. Para que ninguém tente a idiotice de se rebelar contra mim. Em troca prometo novamente levar os homens de ferro a glórias inimagináveis . Se lembraram de nós por milhares de anos – disse olhando para todos os presentes no Salão Principal, inclusive, os representantes da Assembleia de Homens Livres.
Urrun pisou nas juntas de Joron Blacktyde fazendo que se prostrasse novamente. O velho ainda lamentava a morte do garoto. Ordenei que trouxessem meu machado, Fúria do Kraken. E me pûs a frente de Lorde Joron, que estava cabisbaixo e desolado.
“Eu, Lorde Quellon Greyjoy, em nome de Qualquer Targaryen Que Esteja No Trono do Continente, eu, o Senhor do Sal e da Rocha, Filho do Vento Marinho, Senhor Ceifeiro de Pyke, destituo os títulos e rendimentos da Casa Blacktyde e extinguo, condenando Joron Blacktyde, o Indigno, a morte” - O Salão continuava silencioso. Apertei o cabo de meu machado e com um movimento rápido passei a face lateral do machado no pescoço de Joron. A Rebelião Blacktyde havia inteiramente sido esmagada – “… Corte os braços e pernas dele. E pendure seu corpo em frente a Baía dos Homens de Ferro, todo homem que passar por lá saberá o que acontece com quem traí as tradições. Envie partes de suas pernas e braços até as outras casas de Pyke, para que saibam que a justiça foi feita. Os Greyjoys estão de volta ao poder”
***
Os homens já estavam indo embora. Quando Sor Dagon Harlaw adentrou novamente ao Salão Principal que a princípio já estava vazio.
“Ainda pensativo, M'lorde? O senhor fez o que deveria ser feito” - disse Dagon - “Conseguimos alguns homens e navios, podemos agora pensar em como devemos prosseguir em Westeros”
“Sim. De fato. Estava pensando em Rodrick. Nunca imaginei que ele morreria. Ele foi um dos poucos que estiveram comigo nos momentos mais sombrios.” - disse chorosamente. Tive que virar todo o meu rosto, era difícil se adaptar a um olho só - “… você está certo, devemos prosseguir.
“Os pescadores e mercadores em Fidalporto dizem que a situação em Porto Real foi resolvida. Lionel Lannister foi morto em combate por um tal de Lorde Ormund da Casa Baratheon. E quem se assenta no trono no lugar de seu pai é Rei Valerion I” - contou-me Sor Dagon
“Devemos nos preocupar?” - perguntei a procura de respostas rápidas
“Talvez. Mas certamente precisaremos de aliados.” - disse ele - “… o senhor precisa arrumar uma esposa ou um aliado poderoso.”
HP: 500/550
ST: 500/500
ST: 500/500
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Quellon Greyjoy- Lorde Greyjoy
- Casa : Greyjoy
Local de Nascimento : Pyke, Ilhas de Ferro
Re: [Trama Secundária I] Rebelião Blacktyde
Ilhas de Pyke: A Casa Blacktyde irá reivindicar as Ilhas de Ferro, se auto-intitulando Reis dos Mares e das Ilhas de Pyke. Deverá os Greyjoy lidar com essa situação, há vinte navios na costa em volta do castelo, com homens Casa Blacktyde preparados para atacar (seiscentos homens). Precisam montar uma defesa, uma forma de controlar a situação e de recuperar o poder.
1 - A introdução do problema foi bem elaborada, e o inicio do conflito também.
2 - Não foi utilizado os dados de flecha, mas como uma trama secundária apenas relata um ocorrido e não depende de outros jogadores, vou considerar correto também.
3 - Gostei muito da batalha, teve considerações relevantes e sensatas. Você descontou o HP corretamente, e usou a geografia em prol do enredo. Nada a acrescentar aqui, apenas parabenizar.
4 - As edições de post ON são extremamente proibidas, até com justificativas plausíveis. Vale um alerta sobre isso.
Considerações Finais: Como os navios não foram danificados de forma relevante, todos os vinte navios serão anexados ao depósito da Casa Greyjoy. Também duzentos soldados antes Blacktyde agora estão sobre juramento aos Greyjoy. A lealdade de seus soldados cresce, e o perigo de novas revoltas serão reduzidos.
Como foi narrado na própria trama, o personagem Quellon Greyjoy agora está cego de um de seus olhos. Deverá ser considerado a partir de agora em todos post's ON.
Conclusão: O fechamento da trama está completo, sem precisar acrescentar algo.
Baixas Greyjoy: 112 homens.
R'hllor- Deus Vermelho
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