Guerra dos Tronos
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Nascida do Sol

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Mensagem por Nymera Martell 18.09.17 16:41

Foi como sua mãe tinha dito, a cerimônia foi pequena, aconteceu na Sala do Trono, na Torre do Sol, se lembrou de quando ficava lá brincando, as cores que saiam das janelas, diversas cores, costumava chamar o salão de Salão das Cores ou Salão do Sol, seu pai deixava ela sentar na Cadeira do Sol, o trono que pertenceu a Nymeria, disse que foi em honra ela que recebeu o nome, ele previu que seu espírito seria igual ao dela, e de fato, alguns diziam que sim. Os presentes eram sua mãe, a guarda, alguns servos, o Meistre Dave e seus homens, os homens com quem velejou por 5 anos por mar, não todos, alguns morreram em algumas batalhas, mas sempre tem algum marujo disposto a velejar pelos mares, algum jovem sonhar como ela nos portos e assim foi, todos ali jurariam lealdade a ela, alguns fariam o juramento novamente, como é o caso do Comandante Aathor, que jurou lealdade a seu pai e agora juraria lealdade a ela, ele e toda a Guarda do Sol.

Uma coisa que estranhou era que os lordes da sua província não estavam lá, nem seu primo Lorde Dayne, a quem foi prometida quando era mais nova, mas avisou a seu pai que logo partiria e que não seria marido nenhum que a prenderia naquele lugar, não queria se casar antes de explorar os mares, depois quem sabe ela até aceitaria se ele ainda estivesse solteiro, mas não naquele tempo. Resolver se concentrar no que o Meistre estava falando, esse assunto ela resolveria mais tarde, ou sua mãe.

- Nosso Príncipe, Doran, foi tirado de nós pela doença da qual ele lutava havia anos, o que não era novidade para ninguém, principalmente sua família, a Princesa Nymera e a Senhora Mhrian - via sua mãe manter a postura imponente de Lady Martell, mas a conhecia, talvez a ficha ainda não tenha caído, dormiu com ela, na grande cama que ela dividiu com seu pai durante, já havia dormido lá, nas raras ocasiões que chovia, e quando chovia era uma tempestade, só viu 2 vezes em um grande espaço de tempo, ela ia no quarto deles para acorda-los e ver a chuva com ela, depois descia com sua mãe para dançarem na chuva, seu pai as observava, sentado em sua cadeira, Uma doce lembrança - Doran, vai fazer falta, mas hoje, não viemos aqui para velar o luto e sim escrever um novo capítulo, um novo começo para a Casa Martell e para esta província, hoje viemos coroar a Pincesa Nymera, como Princesa de Dorne, Líder dos Roinares - ele estendeu a mão, chamando-a.

Vestia um vestido laranja com ornamentos em ouro, era todo de seda, leve e tinha aberturas estratégicas, mas ainda sentia calor, desde criança sentia muito calor, era como se tivesse fogo em suas veias, não era uma doença e nem a atrapalhava em nada, mas era como se o solde Dorne estivesse dentro si, talvez no final de contas talvez ela fosse mesmo Dorne.

Toda cerimônia se passou como deveria, jurou proteger Dorne não importa o que, e teve receio do que `` não importa o que´´ significava, geralmente acabava em casamento forçado ou morte ``acidental´´, mas isso só o futuro dirá. O Comandante Aathor jurou protege-la nem que sua vida fosse tirada pra isso e rezou para que isso nunca ocorre-se, prezava o velho mestre mais que tudo, sua mãe surpreendentemente fez o mesmo juramento, e um aperto brotou em se coração.

- Você é minha mãe Senhora Mhrian, eu é que protegerei não importa o que acontecer.

- Mas você é a Princesa de Dorne, você é quem vai nos liderar agora, e se chegar o dia em que terei que escolher morrer por você, assim farei minha filha.

Seus homens se ajoelharam e juraram em um coro que a serviriam por toda a vida, isso lhe tirou um sorriso, todos já haviam eito esse juramento, aqueles que entraram depois também, sob a ameaça de que seus testículos seriam tirados a fogo se a traíssem. A festa a seguir se seguiu animada, mas o Meistre Dave veio com uma carta com o emblema de um dragão em cera vermelha, lá dizia que o Rei Jaeherys havia sido assassinado na Torre da Mão, pensou em como deve ter sido difícil pra rainha e se virou para sua mãe Duas esposas perderam seus maridos..
Dois corações em luto
.

- Quem vai assumir o Trono de Ferro Meistre Dave? - perguntou quando ambos estavam no corredor, um tanto longe da Sala do Trono.

- Não se sabe senhora, alguns dizem que o Rei Jaeherys queria que sua filha primogênita Maegelle assumi-se o trono, mas pelas leis o filho homem deve sempre governar primeiro, que nesse caso seria o segundo filho Valerion, talvez eles façam um Conselho Real para decidir esse impasse.

- Nossa que complicado, ainda bem que as coisas aqui em Dorne são mais fáceis, mesmo se tivesse um irmão mais novo eu assumiria o Trono do Sol e acabou, se o pai queria que ela assumi-se tinha um bom motivo, esse Valerion deve ser igual a Aegon IV, o Indigno, ou pior, Maegor I, O Cruel, pro pai não o querer com a coroa na cabeça...

- Não sabemos ao certo senhora, nem o que ocorreu de fato, parece que os dois se mataram.

- Ambos se odiavam tanto assim?

- Não, se davam bem, ao que tudo indicava.

- Então foi alguém de fora, alguém que conseguiu entrar na Fortaleza Vermelha, matar o Rei, isso debaixo dos narizes da Guarda Real - começava a pensar sobre o assunto, era improvável, Só se alguém contratou um Homem sem Rosto pra fazer esse trabalho, ou.. Alguém de dentro, alguém que os guardas não levantariam uma espada ou, que deixa-sem passar sem se importar, um servo talvez? Mas a mando de quem?, várias perguntas, várias hipóteses vinham em sua cabeça.

- O pior é que o irmão o Rei, Viserys eu acho é o Capitão da Guarda Real...

- Como? - estava distraída com suas hipóteses que nem ouviu.

- O irmão do Rei Jaeherys, Viserys é o Capitão da Guarda Real - Alguém que os guardas não levantariam a espada...

- Eles se davam bem?

- Ao que tudo indicava sim, ele é o espadachim mais habilidoso dos Sete Reinos, sempre sério, e aparenta ser sem senso de humor - Espadachim hã?, nesse momento a profecia da meagi lhe veio a cabeça, ``Cuidado com a serpente, a rosa, o dragão e o leão...´´, talvez o dragão seja ele, ou outro Targaryen, não sabia.

- Vamos esperar, só nos resta isso, se vão eleger um novo Rei ou Rainha, se farão um Conselho Real, só nos resta esperar, com toda certeza seremos informados do que nos espera lá em Porto Real, agora vamos nos dar esse resto do dia de descanso, amanhã, meus trabalhos de Princesa começam - o ancião se curvou e se retirou, não soube se voltava ou se ia pro seu quarto, essas história dos Targaryens parece muito mal contada, havia algo, sentia isso, decidiu voltar pra tirar tais pensamentos da cabeça, beberia com sua mãe e seus amigos hoje, pra acordar de ressaca amanhã.


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Nymera Martell
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Principe Martell
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Casa : Martell
Local de Nascimento : Lançassolar
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Nascida do Sol Empty Re: Nascida do Sol

Mensagem por Nymera Martell 20.09.17 1:54

- Nem se parece que se passaram 5 anos... – Nymera estava em seu cavalo Brisa, estava com sua mãe, uma escolta de 10 soldados, mais 3 dos seus próprios passeando pela cidade, queria relembrar de como ela era, ficou fora durante muito tempo – Ainda o mesmo cheiro de fumaça, poeira, areia e sangue.

- Pode não parecer, mas Dorne mudou bastante nesses 5 anos que você ficou fora, lembra da Senhora Melyne? – sua mãe vestia um vestido laranja com uma calça de linho da mesma cor, estava no auge da idade, mas parecia mais nova.

- A velha caduca me contava histórias sobre o Norte e para além dos mares? – a princesa vestia uma calção de montaria, botas de montaria que comprou em Vaes Dothraki e um top de couro – Senti falta dela quando estava no Lançassolar, algumas coisas que ela disse realmente eram verdades, como que os espadachins de Braavos usam roupas chamativas e que andar com uma espada quer dizer que ou você é um espadachim ou você quer desafiar um deles.

- Dizem que ela veio de lá, mas também que ela era uma ex-prostituta de Lys, tinha várias versões, mas ela conhecia várias coisas, ela me contava as mesmas histórias  quando era mais nova, ela serviu minha mãe e depois eu, teria servido você também se não fosse tão velha, que os deuses a tenham em bom, lugar...

- Sim, era uma mulher que merecia o Paraíso, assim como o Rei Dragão – viu uma pequena barraca onde vendia laranjas sanguíneas, parou desceu do cavalo e foi pegar algumas, deu 3 moedas de prata por 6 laranjas, a vendedora a saudou e saudou sua mãe também que estava em cima de um cavalo marrom – Agora não sabemos como essa história vai se desenrolar, ao que parece o pai, o rei, queria que a filha mais velha assumisse o trono ao invés do filho homem, mas pelas leis deles lá, a coroa deve se passar para o filho homem... Pessoalzinho complicado esse – descascava uma laranja com uma adaga que tirou da bota direita, tinha uma habilidade de esconder adagas pelo corpo.

- Ouvi que esse filho, Valerion, é mais puxado pro tio do que pro pai, o tio, é o Viserys Targaryen, nada mais nada menos do que o Comandante da Guarda Real, e pelo que dizem o melhor espadachim de Westeros, suas habilidades são lendárias.

Se lambuzava com o sugo vermelho, parecia que havia tomado um soco na boca, sua mãe se limitou a dar um olhar de reprovação.

- Eu andei pensando, é muito estranho que o rei tenha sido assassinado, principalmente em seu próprio castelo, essa ação poderia ter vindo de alguém muito bom ou...- abaixou a voz - Alguém de dentro... – sua mãe virou seus olhos violetas em sua direção.

- O que quer dizer?

- O óbvio minha cara Mhirian, alguém de dentro matou o rei, alguém que... Ninguém suspeita-se...

- Acho melhor termos essa conversa quando voltarmos para o castelo.

- Podemos voltar agora? Estou morrendo de fome!

- Ninguém manda não tomar café direito.

- Ninguém mandou ter mandado me acordar – arqueou uma sobrancelha em desafio em direção a sua mãe, a viu sorrir com o atrevimento da filha, era disso que sentia falta, dessas suas interações – Vamos voltar, me sinto queimando por dentro.
Voltaram para o castelo no final da tarde, o sol ainda estava no céu, quando passaram pelo último portão dos 3 muros, o Meistre Dave estava as esperando.

- O que houve Meistre – Nymera perguntou ao desmontar do cavalo, o viu retirar de uma das mangas uma carta com o selo de um dragão em uma cera vermelha, o lacre estava rompido – Vamos entrar – olhou para sua mãe e ela logo percebeu, conhecia vagamente aquele olhar.
Chegaram em uma pequena sala que seu pai usava para pequenas reuniões, havia uma mesa redonda de madeira maciça, 5 cadeiras, a princesa se sentou na que estava de costas para a janela, os outros sentaram um de cada lado. Quando leu o que tinha na pequena carta respirou fundo Eu sabia, não demorariam a nos chamar .

- O que diz minha filha? – sua mãe, que estava no seu lado direito perguntou.

- A Rainha Vaella está convocando todos os Lordes das Grandes Casas, e o Príncipe de Dorne para um Conselho Real, lá decidiremos quem será o nosso Rei ou Rainha – teria que pensar, não sabia em qual ``votar´´, não conhecia os herdeiros, mas depois de saber que o Rei Jaeherys queria que sua filha mais velha assumisse a coroa estava mais inclinada a apoiar essa ideia, mesmo que a lei tenha um peso encima do filho homem, tria que pensar, e pensar bem, pois acreditava que não importava qual lado escolhe-se, estava se aproximando de uma Dança dos Dragões e se não toma-se cuidado sairia queimada.

- Quanto tempo? - a Senhora Mhirian perguntou.

- Ela tem um mês para responder, se não, podem levar como afronta – respondeu o Meistre Dave que estava do lado esquerdo.

- Uma afronta? E os anos que os dragões tentaram nos submeter e nos dominar? Aquilo não foi uma afronta? – o tom de sua mãe mudou, afinal era uma dornesa, e sabia melhor do que ninguém que Dorne não tinha um bom passado com os dragões.

- Sim senhora, mas...

- Eu vou.

Ambos ficaram espantados pelo que ouviram, acharam que teriam que insistir dias para que a princesa fosse ao Conselho Real.

- Irei para Porto Real amanhã, a tarde, quanto mais cedo chegar mais cedo posso ver as coisas, talvez até ver se a decisão do rei era mesmo a mais sensata, não posso julgar quem merece o Trono de Ferro, mas dependendo de quem se sentar lá uma grande mancha de sangue pode manchar as areias de Dorne novamente, e isso eu não quero, não quero ser conhecida como `` A Princesa que afogou Dorne ao fogo e sangue´´.

- Muito sensato senhora.

- Minha mãe governará em meu lugar, não é surpresa alguma isso, levarei uma pequena escolta comigo, alguns dos meus homens, deixarei Aathor aqui também – já pensava em quem levar, O Flautista e Sarsh, mesmo se pedirem para entregar as armas tanto ela quando a pequena sabiam esconder adagas pelas vestes.

- Sabe que podem tentar algo contra você não sabe?

- Não sou ingênua mamãe.

- Ótimo, por isso insisto que leve Aarthor consigo – a princesa iria argumentar, mas a mãe não deixou
– Ele é forte e habilidoso, ficarei mais aliviada se o levar.

- Eu sei lutar com a espada e a lança, treinei nesses 5 anos no mar, aprendi lutas por onde zarpava, lutas que os guerreiros daqui desconhecem, e isso é uma vantagem, eu ficaria mais aliviada se ele ficasse aqui, afinal, ele é o comandante.

- Por isso quero que o leve, temos homens aqui, mas lá é um ninho de cobras, um tentando envenenar o outro, pelo menos as cobras daqui sabemos onde estão, as de lá podem surgir de onde menos se espera...

- Nenhuma delas é mais venenosa do que eu.. E você errou mamãe, não é um ninho de cobras, e sim de dragões, de lá saímos queimados, mas tudo bem, levarei Aarthor comigo, iremos por mar, é mais rápido e um tanto mais seguro, prepare os homens, mande chamar Sarsh – falou para o meistre, o mesmo acenou e saiu.

- Por que não podemos ser deixados em paz? – sua mãe perguntou depois de um longo suspiro.

- Por que eles são orgulhosos demais para nos deixarem em paz, os dragões que o diga, Maegor, O Cruel, esse Jaeherys pelo menos queria paz, será que seus filhos pensam da mesma maneira?

Um silêncio se alastrou pela sala, nenhuma das duas sabia responder, se levantaram e saíram, a jovem Sarsh veio apressada, lhe explicou que queria o Lançassolar pronto para amanhã, falou do seu destino e o que faria lá, pediu para selecionar alguns homens e a liberou.

Foi direto para seus aposentos, ainda estava cansada, pediu para a pequena serva água fresca para se banhar, teria que pensar no amanhã, e nesse momento, o amanhã lhe deixava nervosa.


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